Um caso que está a apaixonar a opinião pública um pouco por todo o mundo. Beatriz, uma salvadorenha de 22 anos, está grávida de cinco meses de um feto anencefálico - a criança que a jovem traz no ventre não tem parte do cérebro. Beatriz está gravemente doente e os medicos temem que não sobreviva à gravidez, pelo que a única solução é o aborto terapêutico. Acontece que El Salvador é um daqueles países que ainda não se conseguiu soltar das amarras da influência da Igreja Católica em aspectos da vida privada dos cidadãos, e qualquer forma de aborto é proibida por lei. Caso Beatriz aborte, mesmo que para salvar a própria vida, arrisca-se a uma pena de 50 anos de prisão por homicídio agravado, e qualquer médico que a assista a 12 anos de encarceramento. A própria ministra da saúde salvadorenha, Maria Isabel Rodríguez, apelou que se abra uma excepção para este caso, mas a Conferência Episcopal em San Salvador está contra, e acusa as organizações de mulheres e de direitos civis de "usarem" as doenças de Beatriz para "manipularem" o Governo, obrigando-o a despenalizar o aborto em determinadas circunstâncias. A própria Aministia Internacional já se prununciou sobre o caso, e apela ao Governo de El Salvador que deixe Beatriz abortar. Actualmente 19 mulheres cumprem pena de prisão neste país da América Central por terem praticado o aborto. El Salvador, um país que ainda se encontra na Idade das Trevas.
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