1) Depois da “bronca” do hino no Grande Prémio duas semanas antes, foi agora a vez da Maratona Internacional de Macau ser vítima de uma certa dificuldade que tem existido em organizar eventos desportivos em Macau. Os altletas viraram à esquerda em vez de virar à direita à saída do estádio, e acabaram por correr mais 3 quilómetros, além dos 42 previstos. Para quem é muito optimista, isto até não é assim muito mau.: Macau acaba de inventar uma distância nova. Podiam baptizá-la de “Macautona”, ficava bem. Falando mais a sério, isto é bastante mau para uma cidade que se quer uma referência em termos internacionais. Os maratonistas não devem ter achado piada mesmo nenhuma. Imaginem que se batia um recorde do mundo ou algo assim dentro da distância regulamentar? E afinal muitos viajaram de longe para disputar uma prova que até tem alguma história, e que se quer uma referência no calendário internacional. Talvez fosse altura para quem organiza este tipo de eventos tomar um pouco mais de atenção, e certificar-se que é gente competente quem sinaliza, toma conta dos hinos, bandeiras e tudo mais. Isto sob o risco de qualquer dia sermos conhecidos como uma “anedota”.
2) A selecção de hóquei em patins de Macau regressa hoje ao território depois do 6º lugar obtido no mundial “B”da modalidade, disputado no longínquo Uruguai. Foi preparada uma recepção calorosa aos atletas, que no dia 20 vão ser distinguidos pelo governo da RAEM. Até que enfim, digo eu! Parece que finalmente alguém se apercebeu que existe um desporto em que Macau não é insignificante ou simplesmente humilhado. Se calhar estavam só à espera que a equipa de Alberto Lisboa conquistasse sete títulos asiáticos. Em 2005 disputaram o mundial “A” – o único mundial que Macau alguma vez disputou em qualquer modalidade – e na altura estavam-se todos nas tintas. Se calhar um 6º lugar num mundial “B” vale mais. Ouro sobre azul seria juntar à tal medalhazinha de mérito um local para treinar mais assiduamente, de modo a que modalidade continue a evoluir e a fazer bons resultados lá fora. Além do hóquei em patins, em que outro desporto colectivo conseguimos bater Israel, México ou Egipto, e discutir taco-a-taco resultados com Áustria, Holanda ou Inglaterra?
3) Escutei hoje a entrevista de Gilberto Lopes ao director dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), José Proença Branco, no âmbito do programa Parelelo 22, da Rádio Macau, hoje dedicado às seitas e à libertação de Pang Nga Koi. Admiro e respeito bastante Proença Bramco. Um verdadeiro “duro”, o homem certo no lugar certo, que fala pouco mas fala bem, e quando deve falar. Fosse ele um manga-de-alpaca e certamente seria um excelente candidato ao posto de secretário da sua área. Mas Proença Branco é um homem que arregaça as mangas e faz o trabalho sujo de zelar pela nossa segurança, e todos nos sentimos seguros por o ter no lugar em que está. Seguro a entrevista, o chefe dos SPU diz que aqueles serviços estão atentos a todas as movimentações do mundo do crime, a cooperação e a partilha de informações a nível regional e internacional é substancial, e que dificilmente se repetirão situações como os terríveis meses de 1998, onde o crime violento acontecia em plena luz do dia. Dormimos todos muito mais descansados.
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