Pornografia em revista

Este post não é recomendável a menores de 18 anos.

Quando me perguntam o que penso da pornografia, respondo sempre que “é como a energia nuclear: se for bem usada, é nossa amiga”. Nunca fui um grande adepto dos filmes pornográficos, porque penso que quem viu um, viu todos. São mal representados, algumas cenas são demasiado longas, enfim, um desperdício de celulóide.

Quando era mais chavalinho fui a uma das sessões da sexta-feira à meia-noite lá na terra (insistência dos amigos), e apercebi-me como estes locais são mal frequentados. A maioria dos espectadores eram velhotes, que faziam comentários absurdos durante o filme (aquele é parecido com o meu, etc, estão a ver...). Tinha um amigo que ficava horas no Videomania a ver as capas dos filmes pornográficos, e por fim lá se decidia a levar um para casa e depois...bem, sabe-se lá.

Com o evento da internet a pornografia ganhou uma nova dimensão. No início existiam uns websites “a pagantes” e cheios de truques. Um deles incluía pedir o número de cartão de crédito para “verificação da idade”, e a maioria abria dezenas de pop-ups, todos a oferecer isto e aquilo e a garantir que “são os melhores”. Há alguns anos a pornografia online passou a estar ao alcance de todos com a proliferação de vários websites que tirando este ou aquele bug, são completamente inofensivos.

O primeiro de que tive conhecimento foi o Pornotube (outra vez, precisa de ter 18 anos para entrar), que oferece três opções: “gay”, “straight” e “all”. O Pornotube é uma das opções mais fraquinhas para os fãs do porno, pois os clips não têm mais de dois ou três minutos, o que “nem dá para aquecer” (é chato andar sempre a clicar no rato quando se têm as mãos ocupadas).

Mais tarde descobri o YouPorn, bastante mais elaborado e com clips mais compridos. O YouPorn oferece 71 (!) categorias para os pornómanos (?!), desde “mature” (senhoras mais velhas), “dildos” (er...dildos, percebem?), “MILF” (Mother I’d Like to Fuck), “shemale” (travestis) até “fetish” (fetiches com pés, meias de nylon, botas de cabedal, etc), “anal” (isto não precisa de tradução), “hentai” (animação japonesa) ou “cumshots” (vão lá ver o que é), passando por clips mais étnicos, com asiáticas, latinas, ruivas, europeias, etc. Uma das categorias é “interracial”, o que implica meninas normalmente brancas a levarem com trombas de elefante e...bem, vocês estão a ver onde quero chegar.

Quanto aos melhores, recomendo o Tube8 e o Extremetube. O primeiro é provavelmente a maior biblioteca de pornografia online, com mais de 50 clips novos por dia e 16 categorias distintas. Pode-se encontrar um pouco de tudo (descobri, pasme-se, um vídeo pornográfico português). O Extremetube é o mais fiável e rápido, e o que tem a melhor apresentação e qualidade, com perto de 10 ou 15 clips novos por dia.

De resto temos o FuckTube (o nome diz tudo), o Keezmovies, o X-Tube ou o PornHub, que não aloja clips originais mas faz uma compilação dos restantes websites. Certamente que existem muitos mais, e os leitores são livres de discutir as suas preferências na secção de comentários.

Macau e Hong Kong tornaram-se uma espécie de oásis na Ásia, onde muitos países censuram este tipo de conteúdos com o pretexto da “moral e dos bons costumes”. Moralistas da treta. Tenho a certeza que muito boa gente que anda a censurar conteúdos de pornografia na internet são alguns dos seus mais ávidos consumidores. Aliás, como podem censurar sem saber exactamente do que se trata?

Na minha opinião a pornografia é apenas uma indústria como qualquer outra, desde que seja feita voluntariamente com adultos maiores e vacinados. A maioria dos consumidores de pornografia fazem-no para auto-gratificação, o que está bem, desde que o façam na privacidade do seu lar e sem magoar ninguém, mas pode ser também entendido como “material didáctico”. Os casais podem sentar-se em frente ao PC e “aprender” qualquer coisinha nova, o que sempre vem dar mais sal à vida. Pode servir para fazer novos amigos, para reatar uma relação apagada, enfim, é uma das frutas desse grande pomar da vida. Tudo desde que fique longe do alcance das crianças, claro.