Uma trompa de llamasDas coisas fantásticas que aprendemos quando estamos a ajudar os filhos a preparar os testes (abro aqui um pequeno parêntese para esclarecer que considero errado que os pais co-assumam as responsabilidades directas pelo desempenho escolar dos filhos) destaco os substantivos colectivos. As coisas que se aprendem!
Todos nos lembramos dos tempos da escola dos substantivos mais comuns: uma
vara é um conjunto de porcos, um
cardume um conjunto de peixes, uma
alcateia são lobos, um
rebanho são ovelhas, etc, etc. Não que deparemos com muitas varas, cardumes, alcateias ou rebanhos no nosso dia-a-dia, mas outros substantivos há – quiçá mais úteis – que não me passavam pela cabeça até ontem.
Por exemplo sabe o que é um
fio? Não o fio de água ou de tecido, mas o conjunto de atuns. Fica sempre bem ouvir alguém dizer “um cardume de atuns” e corrigir com o chico-espertismo “não é um cardume, é um fio!”. Passando ao
fato. O fato não é a peça de vestuária nem a versão abrasileirada do “facto”, mas um conjunto de cabras! E eu que nunca penso em fatos quando vejo cabras. E se da próxima vez que vir um conjunto de borboletas e disser” que linda
boana!” (sim, boana é um conjunto de borboletas), é muito provável que fique toda a gente a olhar para si e pensar que por um momento lhe caíu um cromossoma.
Depois existem preciosismos giríssimos. Por exemplo, sabia que uma
baixela é um conjunto de copos ou cálices? Ou que uma
nuvem é um conjunto de insectos? E uma
trompa? Não se assuste, é apenas um conjunto de llamas! Da próxima vez que chagar a um local cheio de gente a fumar, queixe-se da
malhada de fumo. É um mundo inteiro a descobrir.
Mas não se pense que é assim tão fácil. Só para “um conjunto de pessoas” temos:
aglomeração,
banda,
bando,
chusma,
colmeia,
gente,
legião,
leva,
maré,
massa,
mó,
mole,
multidão,
pessoal,
roda,
rolo,
troço,
tropel,
turba,
turma. É complicado distinguir quando estamos na presença de uma chusma, de uma mó ou de um tropel, mas penso que tudo depende do estado de espírito, local, companhia, o que já se bebeu nesse dia, muita coisa.
O melhor mesmo é evitar andar acompanhado de
súcias de malfeitores, que nos podem dar uma
data de pancada, e na pior das hipóteses ainda nos aparece uma
tropa de polícias e levamos uma
saraivada de balas. E peço desculpa pelo
apontoado de disparates contidos nesta
mixórdia, é que tenho andado tão ocupado na ponta final deste
andecamestre, que me tem faltado imaginação para mais.
5 comentários:
Uma vara de porcos, ou, como dizia um cliente nos meus tempos de advogado, uma "porcuária".
Primeiro que eu percebesse exactamente o que o gajo queria dizer foi uma chatice.
Quando finalmente percebi, foi um bocado complicado manter uma cara séria enquanto falava com ele :)
O homem que também tinha muitos "tufones" na sua "porcuária" :)
Leocardo passei para conhecer seu blog ele é not°10, show, fantástico, muito maneiro com excelente conteúdo você fez um ótimo trabalho desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
Um grande abraço e tudo de bom
Deus?
o Deus dos blogueiros é o blogus
Tanta conversa, "blog-show" e tal, só para exercer proselitismo...
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