A educação sexual vai começar a constar do currículo de uma escola de gestão na Nova Zelânda porque a direcção considera que muitos dos seus estudantes asiáticos são "sexualmente ignorantes". A partir do próximo ano lectivo os 450 estudantes do Concordia Institute of Business em Auckland vão ter aulas de educação sexual para "lidar com a liberdade adquirida por viver longe dos pais", disse o director do Instituto, Isaac Phua.
"O desconhecimento da sexualidade é um problema maior entre os estudantes asiáticos, pois para eles a educação sexual não se ensina nas escolas e a sexualidade é tabu", disse Phua, que acrescentou que "muitos estudantes dividem o apartamento com pessoas do sexo oposto, e podem facilmente cair em tentação".
Mandy Zhou, uma estudante de 18 anos de Xangai, diz que a educação sexual não é ensinada nas escolas na China, e que não é culturamente bem visto que uma mulher fale de sexo.
De acordo com o relatório do Comité de Supervisão do Aborto, as interrupções voluntárias da gravidez subiram entre as mulheres asiáticas, situando-se em 2875 entre 17940 em 2008.
Apesar do relatório não indicar quantas dessas mulheres de etnia asiática eram estrangeiras, a investigadora da Universidade de Auckland Elsie Ho, suspeita que muitas se devem aos estudantes estrangeiros: "Muitos não medem as consequências das suas acções, muito por ignorância, e algumas quando sabem que estão grávidas pensam que o aborto é a única opção".
Ho, que liderou em 2007 um estudo baseado nas experiências de estudantes chineses na Nova Zelândia, diz que "muitos estudante vêm mal preparados do seu país de origem, ee é o ideal que as escolas os apoiem". Ho concluíu que "muitos jovens pensam que sabem tomar conta de si mesmos, mas não sabem como", e que "pensam apenas que agora podem conduzir, beber e jogar sem ter os pais por perto a dizer-lhes não."
Sem comentários:
Enviar um comentário