segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Fez-se justiça: Chad Evans é INOCENTE! (parte I)


Nota introdutória:

Devido à extensão do artigo, à cumplicidade do caso em análise e as notícias em constante actualização, dividi este artigo numa série de modo a facilitar a leitura. De quem estiver interessado, claro. Obrigado. 

O futebolista galês Ched Evans, de que falei neste artigo, e depois neste outro, foi ilibado do crime de violação que lhe custou a liberdade, a carreira, o bom nome, tudo e mais alguma coisa, deixando-o numa situação que levaria muito boa gente a dar um tiro nos miolos e acabar com a m... que a sua vida se tornou do dia para a noite. Convém em primeiro lugar, e para não deixar nenhuma ponta de fora, esclarecer que o julgamento foi repetido, depois de em Maio de 2012 o jogador ter sido condenado a uma pena de 5 anos de prisão, da qual cumpriu metade, tendo saído ao fim de 30 meses em liberdade condicional. O primeiro julgamento - e agora isto fica por demais evidente - foi uma FARSA. Um autêntico travesti de justiça, onde o arguido não foi mais que um proverbial "agnus dei", a ser sacrificado "em nome da dignidade humana", e neste caso das mulheres em particular, como "exemplo" de que "a justiça funciona", e que o crime de violação será "punido de acordo com a lei". Acho tudo isto o máximo, e nem me passa pela cabeça que pudesse ser de outra forma, mas não podiam ter feito exemplo DE UM VIOLADOR DE VERDADE, EM VEZ DE DAREM CABO DA VIDA DE UM INOCENTE?


Foi aqui que tudo aconteceu, no quarto número 14 de um hotel "económico" em Rhyl, no norte do País de Gales, e para onde um amigo de Ched Evans, o também futebolista Clayton McDonald, actualmente a disputar as ligas do futebol amador, levou uma viçosa moça que conheceu nessa noite de 30 de Março de 2011. Não terão ido para o hotel para "conversar", ou jogar à bisca, e nem era necessário dar importância a um acontecimento destes, que sucede ao ritmo das centenas ou milhares de vezes no mundo livre, com mais incidência nos fins-de-semana e vésperas de dias feriados. E ainda bem, claro - não é a liberdade de escolha e o livre arbítrio que nos separa dos piratas somalis, dos ayatollas do Irão-mas-não-sabem-quando, e dos canibais da Papua? Então aí está: aceitem esta graça como se fosse uma oferta divina. Depois de fazer o registo no hotel, Clayton "e a companheira" foram levados aos seus aposentos "como qualquer casal normal". Isto de acordo com o recepcionista que os atendeu, que na altura do primeiro julgamento parece não ter dado muita importância ao facto da suposta "vítima" ter ido de livre vontade e pelo próprio pé para um quarto de hotel com alguém que havia acabado de conhecer, e onde mais tarde acabaria por ser "violada". Sim, a jovem, que na altura tinha 19 anos, era aquilo que se designa na linguagem popular por "uma pêga". E sabem o que mais? Eu também fui, quando tinha a idade dela, e até alguns anos depois disso. Pelo menos até me casar, fui um "pêgo" sem um pingo de vergonha na cara. Eis a minha confissão, não me arrependo de nada, e se alguém "reprova" a minha conduta, só tenho este comentário a fazer: vão-se lixar. Melhor: provem, que além de ser "muita bom", pode ser que melhorem dessa rabugice.

O que me deixa com vertigens, tal é a altura da montanha de hipocrisia onde assentam certas pressupostos, é que as mesmas pessoas que neste caso colocam os homens no papel de "predadores sexuais", e as mulheres no papel da "vítima", são as mesmas que pelejam pela "igualdade de géneros", apoiam a discriminação positiva e o sistema de quotas, e afirma de peito feito que as mulheres "podem fazer tudo o que os homens fazem" - menos trabalhos pesados, coisa desses brutos dos homens. Não ficam atrás em matéria de eficiência, resiliência e disponibilidade - menos quando estão grávidas, pois aí transformam-se em jarras deporcelana. Em suma, as mulheres não são nenhuma cópia em miniatura dos homens, e não precisam de ser tratadas como "inferiores", mas atenção: nada de obscenidades ou insultos, que isso "é feio", e "não se diz ao pé das senhoras, então?". A este ponto, gostava de recordar que estou aqui a falar de alguém que se viu privado da sua liberdade, viu a sua carreira arruinada e o seu nome arrastado pela lama, e tudo POR CAUSA DE UM CRIME QUE NÃO COMETEU! Mas atenção: foi julgado e condenado! E isso faz dele...


...um violador! Pela mesma lógica, o facto de eu ter mudado uma lâmpada do candeeiro da sala na semana passada faz de mim "um electricista". Só posso concluir que a palavra "tablóide" que usam para designar este tipo de imprensa no Reino Unido deve ser algum eufemismo para "difamação  criminosa". E não esperem ver qualquer tipo de retracção da parte desta gentinha - quando foi condenado pelo crime de violação, passou a ser "violador", agora que ficou provado que é inocente...não interessa. Pelo menos são "simpáticos" ao referir-se a ele como "futebolista violador", que para quem só entrou agora em contacto com a emissão, dá a entender que o malvado do Ched enrabou o guarda-redes adversário antes de marcar um golo, reincidindo na ofensa, pois tratou-se de "violação" das redes da baliza. Ah, aqui a "notícia" é que a companheira de Ched, um exemplo para a humanidade, e de que vou falar mais à frente, "está grávida". Fascinante. Só faltou acrescentar "...depois de ter sido violada pelo futebolista violador". E se pensam que o estilo não é recorrente por aquelas bandas...


..."guess again". A notícia do Mirror reporta-se a Julho de 2015, e dá conta da gravidez de Natasha Massey, a leal companheira de Ched Evans, aqui novamente referido como "futebolista violador". E não é que para espanto destes abutres, que souberam da notícia depois de andar a meter o bedelho na conta do Facebook da irmã do jogador, fazem contas ao tempo que demorou entre a sua saída da prisão, até lhe dar outra vez vontade de, ahem, "violar"? Epá, dez meses??? Bolas, o tipo é mesmo tarado, pá! Isto lá na Inglaterra deve ser um caso raro de virilidade - uma queca em cada seis ou sete meses, e ainda por cima a acertar logo no alvo! Isto só pode mesmo querer dizer que o tipo só pensa em três coisas: violação, futebol...e violação, outra vez. Ora bem, agora que já vimos que estes canalhas são uns tremendos fdp sem um pingo de consideração pela dignidade alheia, vamos agora ver como ainda por cima ESTAVAM ERRADOS! 

(CONTINUA)


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