domingo, 2 de outubro de 2016

Enton, Villa?!


O Aston Villa, emblema maior da cidade inglesa de Birmingham, anda estes tempos pelas ruas da amargura. Os "villains" foram despromovidos da Premier League na época passada, terminando no último lugar da classificação, depois de vários anos de "aflição", e este ano no Championship as coisas não têm corrido mesmo nada bem, como se pode comprovar pela tabela classificativa que deixei ali em cima. Em 11 jogos o Villa venceu apenas um, na segunda jornada e em casa frente ao Rotherham, que é o lanterna vermelha, e encontra-se apenas dois pontos acima dos lugares da despromoção à League One, o terceiro escalão da pirâmide do futebol inglês, e já a dez pontos do sexto lugar, o último que dá direito a participar no "play-off" de acesso à PL, que curiosamente é ocupado pelo rival da mesma cidade, o Birmingham City. 


A situação é tão precária para os lados do Villa Park, que até os seus adversários começam a perder-lhes o respeito. Vejam bem esta mensagem que a polícia de Preston North End deixou ontem na sua conta oficial do Twitter após a derrota do Aston Villa na deslocação ao Deepdale Stadium, mais uma.  O clube que em 1980 foi campeão europeu já não vence fora de casa desde a jornada inaugural da época passada, quando foi a Bournemouth ganhar pela margem mínima.


No centro deste turbilhão está o treinador italiano Roberto Di Matteo, vencedor da Liga dos Campeões em 2012 com o Chelsea, e a quem o Villa confiou o leme na travessia que se esperava terminar com o regresso ao convívio dos grandes. Com o emprego por um fio, Di Matteo contou ainda com quase 50 milhões de libras para gastar em contratações, algumas delas de qualidade duvidosa. Nada mais que "eye candy", como se diz em inglês, pois não é atirando dinheiro aos problemas que eles se resolvem. O Huddersfield Town, por exemplo, que lidera o Championship, gastou menos de 3 milhões em novos jogadores, apostando sobretudo em alemães que alinhavam 2.Bundesliga. Uns têm muito, outros sabem o que fazer com o pouco que têm. Nuvens negras, no horizonte do Aston Villa. 




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