A onda de solidariedade com o internacional português Cristiano Ronaldo esta semana após as declarações descabidas do pantomimeiro presidente da FIFA foi comovente. Protestos vindos de toda a parte, páginas no Facebook, petições online, tudo no sentido de pedir a demissão de Joseph Blatter. Como se atreve aquele velho careca que cai com o cu na relva se for dar um pontapé numa bola a dizer aquilo de um herói das multidões? Como ousa o burocrata que não faz senão mandar (e mal, diz-se) opinar sobre o atleta que corre campo acima e abaixo qual cavalo alado, dispara na direcção da baliza do adversário que nem um torpedeiro, e faz vibrar os adeptos? Quem é este serviçal dos patrões endinheirados das federações a que faz fretes, e até lhe ofereceu de bandeja um mundial de futebol na Rússia e nas Arábias, para fazer pouco do profissional que dá sempre o seu melhor, enche estádios e vende camisolas? Não é preciso entender de futebol para ficar do lado de C. Ronaldo; este é um caso da vida. É como o patrão ocioso e barrigudo que troça do funcionário exemplar sem o qual a companhia não anda para a frente. Blatter provocou C. Ronaldo respondeu da melhor forma que sabe: com golos. Com que então é um comandante? Então toma lá ó chefe. Bato-lhe a pala.
Sem comentários:
Enviar um comentário