sexta-feira, 28 de junho de 2013

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Assinalou-se na última quarta-feira o Dia Mundial do Combate à Droga, um dia que é uma oportunidade para revelar os números da toxicodependência um pouco por todo o mundo, tornando-se mais complicado falar no entanto dos lucros astronómicos que são gerados pelo tráfico, e sobretudo quem mais beneficia com o comércio de substâncias ilegais. Quem mais fica a perder, todos sabemos: os viciados, tantos deles jovens, e as suas famílias. Um problema que continua a ser um cancro na sociedade, mas que – e isto nunca é demais repetir – gera receitas em quantidades tais que não convém tentar resolver de forma definitiva. Mandam-se uns pequenos traficantes e outros espertalhões para a cadeia juntamente com as suas vítimas, os consumidores, e assobia-se para o lado. Na Tailândia, um dos maiores produtores de narcóticos do planeta, o evento foi celebrado com a incineração de três toneladas de estupefacientes, na maioria cocaína, heroína, cristais de anfetaminas ecomprimidos de ecstasy. O valor de mercado (leia-se “rua”) é incalculável, e muito boa gente terá ficado com o coração nas mãos ao ver ali uma pequena fortuna destruída, Há quem veja ali drogas, e há quem veja ali notas. Algumas daquelas autoridades estariam a pensar como seria bom deitar a mãozinha a algum daquele “produto” e depois revendê-lo de forma a balançar o orçamento familiar. Uma acção simbólica que é apenas uma gota no oceano, mas que em termos práticas tem algum significado. Sempre são menos três toneladas de sarilhos.

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