Quem vê com mais ou menos frequência os noticiários da RTP conhece este senhor. Quem não vê também. Na realidade é difícil nunca ter visto este rosto tão facilmente identificável graças ao bigodinho “retro” que sobreviveu ao evento do novo milénio. Agora que estabelecemos que o personagem é familiar, vamos ao seu nome: Mário Nogueira. Não tem importância se não sabia. Profissão: professor. Ou será mesmo assim? Mário Nogueira é o presidente da FENPROF, o sindicato que representa os professores portugueses. Há quanto tempo? Vinte e dois anos, e está dispensado desde então das salas de aula por motives de “actividade sindical”. Há mais de duas décadas que não atura os alunos. Uma pergunta pertinente: é professor de quê exactamente? Acho que já nem ele próprio se lembra, mas pela pinta arrisco a dizer “Electrotecnia”. É nas alturas de grande agitação por parte do pessoal docente contra as políticas do Governo que Mário Nogueira atinge o seu apogeu; não há greve ou manif dos professores onde não apareça, pedindo a cabeça do Ministro da Educação. E desde que está à frente da FENPROF já azucrinou a vida a nem mais nem menos que 13 (treze) ministros. Fossem realmente peças de caça com a cabeça a prémio e Mário Nogueira tinha um salão com as paredes repletas de troféus.
É um personagem misterioso, este Mário Nogueira. Misterioso e por inerência suspeito. Nunca o vi sorrir, nunca o vi na televisão, seja numa entrevista, ou atendendo a um evento, num “talk-show” ou num concurso do tipo “Dança Comigo”, qualquer coisa onde manifeste um lado humano. Nada disso. Só em manifs, abaixo o ministro ou a ministra conforme o caso, todos à rua, vamos aderir à greve. Parece um disco riscado. Se calhar é por isso que a malta do “Cinco para a Meia-Noite” nunca o convidou para lá ir. O seu discurso em mono ia derrubar recordes mundiais de tédio. E o que vai fazer este Mário Nogueira quando a artrite já não permitir que desfile agitando o punho cerrado bradando palavras de ordem? Vai à vidinha dele. O bom do Mário desconta para a reforma há 32 anos…como professor. Mesmo sem saber o que é dar uma aula desde 1991. Falai com conhecimento de causa e sê coerente com ti mesmo, disse uma vez um velho sábio. Com que cara vai um professor recorrer ao seu sindicalista quando este já nem se sabe o que é ser professor? É irónico que exija a demissão de ministro atrás de ministro, enquanto se mantém de pedra e cal no mesmo cargo há tanto tempo. Não podiam arranjar outro gajo lá para a FENPROF, nem que fosse em nome de uma sã alternância democrática? Estou farto do Mário Nogueira.
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