sábado, 22 de junho de 2013

Roberta da tromba inchada


Quem se recorda dos anos 80 lembra-se certamente de Roberta Close, um modelo transsexual brasileiro tornado celebridade nacional. Nascido Luís Roberto Gambine Moreira no Rio de Janeiro, sempre se assumiu como transgender, e desde cedo adoptou uma aparência feminina. Em 1984 foi a estrela do Carnaval, e deixou uma legião de brasileiros (míopes?) que “não acreditavam ser um homem”. Foi então capa da Playboy, apesar dos apetrechos que a denunciavam como homem, mas em 1989 fez uma vaginoplastia em Inglaterra e voltou à revista para cavalheiros no ano seguinte, já com uma aparência mais compatível. Em Março de 2005 conseguiu que a justiça brasileira lhe reconhecesse a mudança de nome e de género, depois de quinze anos de tentativas e negas. Antes disso casou com um alto quadro da companhia de lacticínios Nestlé e foi viver para a Suíça, cansada da discriminação de que era alvo no Brasil. Actualmente com 48 anos, Close volta a ser notícia, mas agora pelos piores motivos. Quem sabe se numa tentativa de retardar os efeitos da idade, a modelo “abusou” da bacteria butócita, vulgo “botox”, e a sua nova aparência valeu-lhe uma comparação cruel com o Fofão, um personagem de TV facilmente identificável pelas suas rechonchudas bochechas. Alguns dos seus fãs expressaram a sua tristeza nas redes sociais, incapazes de aceitar a nova aparência de uma mulher que sempre consideraram “bonita”. Bem, gostos não se discutem, mas este nunca me enganou. Nem quando estava no seu auge.

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