quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ayatollah Queiroz


Lembram-se de Carlos Queiroz, o treinador mal-amado que saíu da selecção portuguesa pela porta pequena em 2010 depois de um mundial abaixo das expectativas e um início desastroso da qualificação para o Euro 2012? Ora bem, este senhor que muitos de nós não confiaria para treinar a equipa do nosso bairro fez história ao tornar-se o primeiro selecionador a qualificar três países diferentes para um campeonato do mundo! Depois da Africa do Sul em 2002 e Portugal em 2010, o “professor” levou agora o Irão a carimbar o passaporte para o Brasil em 2014, e em grande estilo. Os iranianos foram defrontar a Coreia do Sul fora, e esperava-os um ambiente hostil. O treinador sul-coreano Choi Kang-Hee afirmou no lançamento do jogo que “queria o Irão fora do mundial”, comprando uma briga com o onze persa sob o comando do português. Precisando apenas de um empate para garantir a qualificação directa – bastando que o Uzbequistão não batesse o Qatar por cinco ou mais golos – o Irão fez melhor e venceu por 1-0 em pleno Estádio Munsu, em Ulsan. O golo chegou aos 60 minutos por Ghoochannejhad, e depois foi só aguentar a pressão sul-coreana durante mais meia hora para fazer a festa. A Coreia do Sul também viaja até ao Brasil, pois apesar da vitória do Uzbequistão por 5-1 que os deixar em igualdade pontual, os coreanos têm vantagem no confronto directo. É a oitava qualificação consecutiva dos sul-coreanos para um mundial.

No Grupo B a Austrália juntou-se ao Japão na qualificação directa para a “copa”, depois de bater o Iraque em Sydney pela margem minima. Os “socceroos” tiveram uma tarefa complicada pelos iraquianos, tendo marcado o único golo apenas a sete minutes do fim pelo suplente Joshua Kennedy. Em Amman a Jordânia bateu Omã por 1-0 e garantiu um lugar no “play-off”, graças ao terceiro lugar que “roubou” aos omanitas. Os jordanos vão defrontar o Uzbequistão a duas mãos, e o vencedor discutirá com o quinto classificado da zona sul-americana uma vaga no mundial do próximo ano. Dois países asiáticos que procuram estrear-se em fases finais do mundial, mas que terão certamente uma tarefa nada fácil.

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