Um anjo na Terra.
Nelson Mandela, líder histórico do ANC e primeiro presidente da África do Sul do pós-apartheid está no fim da sua longa caminhada. O homem que trouxe a paz ao seu país e cujo sonho de uma sociedade equalitária e justa custaram-lhe mais de 30 anos na prisão está novamente internado com uma infecção pulmonar, e o seu estado de saúde débil faz prever que se despeça do mundo numa questão de dias. A um mês de completar 95 anos, Mandela tem passado os últimos três anos acamado, tendo a sua última aparição pública em 2010 por altura do mundial de futebol que se realizou em território sul-africano, e mesmo assim já visivelmente debilitado. A iminência da sua partida é tal que o tenista Rafael Nadal lamentou a sua morte por engano no Twitter, um lapso que se perdoa atendendo a esta iminência. É chato estar a escrever sobre o grande homem que foi Mandela enquanto o homem ainda é Mandela, ainda está entre nós, mas nunca é demais recordá-lo e lembrar o que representa, a inspiração que é para todos os povos oprimidos do mundo. Um homem a que não se conhece maldade, que lutou pela liberdade sem que disso ambicionasse recolher dividendos, o homem que mais consenso reuniu entre os sul-africanos e que foi “obrigado” a ser seu presidente. Só Mandela à frente dos destinos do país então libertado do jugo do ódio racial faria sentido. A sua presença física entre os vivos é de tudo o menos importante. Mandela vive para sempre nos corações dos amantes da paz e da liberdade. Obrigado, Madiba.
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