domingo, 15 de maio de 2011

Liga Sagres em revista


FC PORTO - O FC Porto conquistou o 25º título de campeão, e 18º no consulado de quase30 anos do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, e pela primeira vez invicto. Os dragões apenas empataram em Guimarães na 7ª jornada, Alvalade na 12ª e em casa frente ao P. Ferreira na 29ª. Pelo meio ficaram outros recordes: dezassete vitórias consecutivas, 21 pontos sobre o 2º classificado e golos marcados em todos os jogos. A aposta no jovem treinador André Villas-Boas foi a mais acertada, e a época ainda não terminou; o FC Porto ainda vai disputar a final da Liga Europa frente ao Braga e a final da Taça de Portugal frente ao V. Guimarães.

BENFICA - Foi a segunda melhor época dos encarnados nos últimos cinco anos, apenas batida pela época passada quando foram campeões. O campeonato terá ficado perdido logo nas primeiras jornadas, com um atraso de nove pontos em relação ao FC Porto após a quarta ronda. Seguiram-se cinco vitórias consecutivas até ao fatídico dia 7 de Novembro, quando perderam por cinco bolas a zero no Dragão. Mesmo assim seguiram-se onze vitórias consecutivas, quando à 22ª jornada os encarnados terão dito um adeus definitivo ao título com uma derrota em Braga. Os 21 pontos de atraso em relação ao campeão são a maior diferença de sempre, batendo o recorde de 18 pontos que pertencia ao Benfica de Jimmy Hagan na época 1972/73.

SPORTING - Aquela que foi considerada a pior temporada dos leões foi mesmo assim melhor em termos de classificação que a época passada. O Sporting terminou em terceiro lugar a 36 pontos do campeão, e fez o menor número de pontos desde que a vitória vale 3 pontos: 48. Mais uma vez a aposta num treinador sem qualificações (Paulo Sérgio) não deu resultado, e José Couceiro teve a tarefa ingrata de "espremer" o Sporting no pódio.

SP. BRAGA - Numa época cheia de feitos inéditos no plano internacional, os bracarenses descuraram um pouco a liga, e no final da 1ª volta ocupavam um modesto 7º lugar. O melhor período dos bracarenses deu-se entre a 22ª e 27ª jornada, com cinco vitórias consecutivas, mas na última jornada perderam o 3º lugar, que seria a segunda melhor classificação de sempre, para o rival mais directo, o Sporting. Os bracarenses ainda vão jogar a final da Liga Europa na próxima quarta-feira frente ao FC Porto, e caso vença será a melhor época de sempre dos arsenalistas.

V. GUIMARÃES - Os vimarenenses fizeram uma época regular, e andou sempre pelos lugares europeus. A presença na final da Taça frente ao campeão madrugador FC Porto garantiram um lugar na Liga Europa, e mantiveram o quinto lugar graças a uma vitória na Figueira da Foz por 3-0. Mais uma classificação positiva do treinador Manuel Machado, que já tinha conseguido um quinto lugar com os minhotos em 2004/05.

NACIONAL - Os nacionalistas conquistaram com mérito a última vaga europeia, e com dois treinadores. Primeiro Pedrag Jokanovic deixou a equipa em 7º lugar à 23ª jornada depois de um empate caseiro frente à Académica, e entrou Ivo Vieira, que conseguiu três vitórias, dois empates e duas derrotas, e ainda beneficiou do desperdício de pontos dos rivais P. Ferreira.

P. FERREIRA - Os pacenses foram a certa altura a equipa sensação da prova, chegando ao quarto lugar a um ponto do Sporting à 21ª jornada. Os pacenses tomaram a decisão (controversa) de não fazer a pré-inscrição nas competições europeias, e seguiram-se duas derrotas pesadas em casa (1-5 c/Benfica, 1-6 c/Rio Ave) que demonstraram que a Europa não era a prioridade. O treinador Rui Vitória teve uma época de estreia positiva no escalão principal, com duas vitórias contra o Sporting e um empate no Dragão como momentos altos. O P. Ferreira chegou ainda à final da Taça da Liga, onde perdeu para o Benfica.

RIO AVE - Carlos Brito levou os vila-condenses ao oitavo lugar, a melhor classificação nos últimos sete anos, e andou a discutir um lugar europeu até à última jornada. A equipa andou aflita, encontrando-se num modesto 14º lugar à 18ª jornada, mas seis vitórias nos nove jogos seguintes (quatro consecutivas) levaram o Rio Ave a uma tranquilidade pouco habitual.

MARÍTIMO - Os insulares participaram na 2ª pré-eliminatória da Liga Europa, e iniciaram a temporada mais cedo. Três pontos nas primeiras seis jornadas ditaram o afastamento de Mitchell van der Gaag e a entrada de Pedro Martins, que não fez melhor do que levar os maritimistas ao 9º lugar. O momento alto terá sido a vitória por 5-1 em Coimbra na 13ª jornada.

U. LEIRIA - Pedro Caixinha foi outro estreante que deu nas vistas, levando o U. Leiria ao quarto lugar no fim da primeira volta. Oito derrotas consecutivas em casa entre a 15ª e a 27ª jornada devem ter esgotado a paciências dos adeptos da Cidade Lis, mas um tranquilo 10º lugar, nove pontos acima da linha de água atestam a época positiva dos leirienses.

OLHANENSE - Só à sexta jornada os algarvios conheceram o sabor da derrota, e logo no Dragão frente ao FC Porto. Daúto Faquirá conseguiu realizar uma época muito mais tranquila que no ano passado, ficando sempre fora dos lugares de despromoção. Dois pontos frente ao Sporting e um empate frente ao Benfica em Olhão foram os únicos pontos obtidos contra os primeiros.

V. SETÚBAL - Os sadinos conseguiram melhorar o 14º lugar das últimas duas épocas, mas voltaram a andar com o credo na boca. Manuel Fernandes foi despedido à 22ª jornada depois de apenas uma vitória em treze jogos (!), e para o seu lugar entrou o ex-jogador Bruno Ribeiro, que conseguiu quatro vitórias que deram a tranquilidade - uma delas em Alvalade.

BEIRA MAR - Os aveirenses regressaram este ano ao escalão principal, e fizeram uma primeira parte de campeonato positiva, terminando a primeira volta em 8º lugar com vonte pontos. Leonardo Jardim demitiu-se à 21ª jornada após derrota caseira frente ao lanterna vermelha Portimonense, e Rui Bento aguentou o barco com um registo de duas vitórias, dois empates e cinco derrotas.

ACADÉMICA - Os estudantes começaram bem, encontrando-se em 5º lugar à 12ª jornada, mas duas goleadas estranhas (1/5 em casa c/Marítimo e 0-5 em Braga) ditaram o afastamento de Jorge Costa, que "abandonou o futebol". José Guilherme entrou mas viria a ser substituído por Ulisses Morais depois de apenas dois pontos em seis jogos. Ulisses fez um pouco melhor, fazendo dez pontos na fase final do campeonato que permitiram que a Académica terminasse mesmo acima da linha de água.

PORTIMONENSE - O Portimonense regressou ao escalão principal 22 anos depois, e volta a descer, sem glória. Os algarvios nunca conseguiram sair dos últimos lugares, e o melhor foi um 11º lugar à sexta jornada, com sete pontos. Litos saíu à 14ª jornada, e Carlos Azenha conseguiu 4 vitórias, 4 empates e oito derrotas.

NAVAL - Os figueirenses planearam mal a época, escolhendo um treinador desconhecido do futebol português, Viktor Zvunka, despedido à sexta jornada. Rogério Gonçalves não fez melhor, saindo depois de um ponto em sete jogos, e o Carlos Mozer entrou à 14ª jornada, conseguindo 18 dos 23 pontos da Naval. Mesmo assim insuficiente para escapar ao último lugar.

9 comentários:

Anónimo disse...

a ver se para o ano a corrupção

Leocardo disse...

a corrupção...o quê?

Anónimo disse...

Ele queria dizer "a ver se para o ano os túneis..."

Anónimo disse...

Ano passado foi o campeonato dos tuneis e do ricardo bosta,este ano foi o campeonato sem luz,espero que na próxima epoca seja o campeonato do meu sporting,finalmente.

Anónimo disse...

Agora percebe-se que apagaram a luz para não verem a abismal diferença pontual.

Anónimo disse...

Eis o Leocardo, comentador desportivo frustrado. Qual é o interesse desta inutilidade?

Anónimo disse...

Ui... não fales de corrupção, olha que o leocas bate-te. Qual corrupção qual quê? Aquilo é pura competência. E Pelo que se pode ver e ouvir são mesmo muito competentes...

Anónimo disse...

Viva a competência, caralho!

Anónimo disse...

E viva a dor de cotovelo!