terça-feira, 6 de setembro de 2016

Dossier Islamófobia: introdução

Este é um dos "memes" que tem circulado pelas redes sociais nos últimos tempos, e que nos dão conta do "fim dos dias" no continente europeu, e dá a entender que "planear férias na Europa este Verão seria o mesmo que..." - jogar "Minesweeper", suponho. Ora muito bem, foi isso mesmo que eu fiz: férias na Europa (não jogar minesweeper) e não foi por uma mera questão de sorte que nada "rebentou" enquanto estive em Madrid, Munique, Praga, Viena e Roma. E não foi por acaso, também, pois fiz mais do que simplesmente "andar por lá". Perguntei, inquiri, quis saber, foi procurar saber, e no fim confirmei aquilo que suspeitava, de tão incredíveis que eram os relatos que nos chegavam deste lado: o ambiente de pré-estado de sítio que se vive no continente devido aos alertas de terrorismo, o mal-estar derivado da presença de imigrantes ou do acolhimento de refugiados, tudo não passa de uma TREMENDA E PÉRFIDA MENTIRA. Vai sendo menos mentira à medida que estas teorias vão ganhando adeptos, é um facto, mas é por culpa da máquina propagandista de elementos com ligações a grupos e partidos de extrema-direita. O dedo começou por ser apontado à crise de refugiados da Guerra da Síria, e o efeito "bola-de-neve" foi despoletado por isto:


Uma imagem com mais de 20 anos, onde se vêem 15 mil refugiados albaneses que tentam chegar às costas de Itália. Não é uma imagem falsa, nada disso, mas permitam-me que repita: tem mais de 20 anos. Repito e destaco porque tem havido uma tendência para se cometerem inúmeras falácias de argumentação para justificar a recusa da vinda de "mais refugiados",  quando na verdade a Europa vem acolhendo refugiados desde os conflitos dos Balcãs, da Somália e tantos outros, sem que se levantasse qualquer questão, só que subitamente...


Qualquer razão começou a ser uma boa razão para se "fecharem as fronteiras". Penso que muita gente que diz isto não mede o alcance das suas palavras, mesmo que outros hajam que fazem disso uma militância, e eu diria mais, um "emprego":


Hmmm...se a questão aqui se prende com as "aparências", não sei qual é o mal menor. Repare-se na frase "deportem-nos a todos, sem excepção". Eis o nível máximo da xenofobia em todo o seu esplendor. Pois acontece que estive exactamente em Munique, e o que vi por lá?


Logo à chegada, vindo de Madrid, vi isto no aeroporto: eis o que significa "fechar as fronteiras" - e aqui estou a dirigir-me a todos aqueles que viram no Brexit um modelo a seguir para toda a Europa - o fim da livre circulação de pessoas e bens e o fim do espaço Schengen inclui VOCÊS TAMBÉM! Sim, não pensem que é por serem BRANCOS, ou CATÓLICOS ou o raio que os parta que "fechar as fronteiras" não vos implica também. Acabou-se o que era doce. "Só até arrumar a casa", afirmam alguns, e eu desconhecendo exactamente o que isso quer dizer, julgando pelos exemplos que tivemos no século XX, não se augura nada de bom, até porque...


...não tenham ilusões: começa-se pelos islâmicos, e a seguir vão os pretos, ciganos, mestiços, e muito cuidadinho se este ano abusou do bronze lá na praia. É que esta conversa de "estábulos" e outras típicas das bestas de carga é o princípio do fim do juris solis. Ai nasceu em Portugal? Olhe que com esses olhos rasgados e esse cabelo encarapinhado "não parece nada", e além disso "os portugueses são brancos". Mas voltando a Munique.


Numa das minhas passagens pela Central Platz deparei com isto: um comício do PEGIDA, a associação de extrema-direita tornada partido político, onde um desses indivíduos que capitaliza através do medo lia passagens do Corão. Havia pessoas (poucas) que se detinham, outras que passavam como se não fosse nada. Efectivo para estes "artistas" seria se estivesse um grupo de islâmicos ali a fazer barulho, ou um pesado contingente policial - na verdade estavam uns três ou quatro agentes, contando por alto. Isto talvez porque...


...Munique é um exemplo acabado e perfeito da integração de imigrantes e refugiados. Eis-me aqui num bar turco na zona da cidade onde se concentram mais imigrantes oriundos desse país. Fui com a minha mulher e o meu filho de 15 anos, e não só fomos tratados de forma imaculada, como estavam lá também outros clientes não-turcos, ou seja alemães, incluindo mulheres. Ninguém foi obrigado a cobrir parte nenhuma do corpo ou a obedecer a nenhum preceito esquisito. Ninguém foi maltratado ou olhado de soslaio, sequer. Isso são MENTIRAS. Certamente que há muito boa gente que adoraria que eu contasse algum episódio rocambolesco, ou que falasse de "no go-zones" e o diabo a sete. Bem, fui a todo o lado e entrei onde quis, mesmo em locais onde era o único branco e ninguém me tratou mal ou se endereçou à minha pessoa com desdém. Problemas de integração? É possível, mas isso há em toda a parte. E já agora, alguém me é capaz de dizer...


...qual é a religião que se pratica na Cova da Moura? Falando de lugares onde "nem a polícia se atreve a entrar", ou será que "no-go zone" é uma designação muito janota para a Cova da Moura? A verdade é que em Munique vi árabes a falar alemão uns com os outros, alemães a falar em alemão com árabes, nenhum tipo de ressentimento, receio ou inibição. E depois fui para a Áustria.


Mal cheguei à estação de Wien Hauptbanhoff, deparei com este cenário: a polícia a verificar a identidade de alguns cidadãos migrantes. Achei esta imagem refrescante e asseguradora, pois como podem ver, a polícia está lá, e não é preciso nenhuma "super-polícia". Ora bem.


Foi também em Viena que fiz uma constatação pessoal: "é uma cidade turca". De facto vêem-se muitos imigrantes turcos, a língua turca está praticamente em toda a parte, e muitos dos estabelecimentos são propriedade de turcos, e/ou trabalham lá turcos. Fui a um supermercado comum - não necessariamente turco - e apesar do rapaz da caixa (com quem me meti por ter uma aparência portuguesa, mas depois vim a saber ser...exacto: turco) me garantir que eram apenas 30%, posso assegurar que pelo menos metade dos produtos nas prateleiras eram turcos. E isto incomoda-me?


Porque é que havia de me incomodar? Gosto dos produtos turcos, não tenho nada contra turcos em particular, e depois a questão mais importante: quem é que vai TRABALHAR, ali? Quem abre as lojas às 7 ou às 8 da manhã? Quem é que fica de pé atrás do balcão ou sentado em frente à caixa registadora? Os austríacos? Com licença: ah ah ah ah ah ah ah ah!!! Não me façam rir. Querem um "kebab" às seis da matina? Boa sorte em encontrar um austríaco que vos faça um. São estas as VERDADEIRAS questões que a sra. Le Pen e o Gert Wilders não são capazes de vos responder. De resto...


...Viena continua igual. Não se vão desiludir se lá forem, nem vão LITERALMENTE ver turcos em toda a parte. Curiosamente estive à conversa com uma senhora francesa enquanto morfava uns "struddels" numa "patisserie" vienense, e que me confessou ser "uma mudança de ares agradável" vir até à capital austríaca durante aquele fim-de-semana prolongado - foi durante o feriado do Dia da Assunção de Nossa Senhora, que este ano calhou nessa segunda-feira em que a referida conversa teve lugar. E dizia-me isto porque segundo ela "em França as coisas estavam um caos", e que "era preciso abrir a mala e deixar-se revistar" cada vez que entrava numa loja mais concorrida, ou num centro comercial, e tudo, lá está, por causa da vaga de atentados terroristas. Mas aqui não tenham ilusões: este procedimento é o adequado àquela determinada situação, e pouco importa QUEM ou DE QUE RELIGIÃO são os autores dos atentados. Ou uns matam mais que outros, também?

Agora vamos deixar-nos de tretas, o que se passa, realmente, na Europa? Qual é a VERDADEIRA razão desta onda de xenofobia centralizada no Islão? Convido-vos a ler este relatório de 2007, que dá conta do crescimento da Islamófobia nos países europeus, e o aproveitamento que foi feito por partidos de extrema-direita:

No mundo todo, vários partidos tradicionalmente democráticos "recorrem à linguagem do medo e da exclusão, criam bodes expiatórios e alvejam minorias étnicas e religiosas em geral, e imigrantes e refugiados em particular".

Como se pode ver, o problema não é novo, e esta crise só veio "abrir o portão da quinta". A Islamófobia, ao contrário do que muitos querem fazer crer, não é nenhum "neologismo" imposto "pela esquerda", e a própria palavra já vem sendo usada há quase um século - pelo menos:


Aí está a prova - a não ser que queiram acreditar também que "a esquerdalha" andou a "temperar" com o dicionário de Oxford para incluir lá uma citação de 1923. A Islamófobia manifesta-se em épocas em que os pobres se aproximam dos ricos em termos de convivência social. Sim, meus amigos, vai custar-vos a admitir isto que tanto a educação que nos foi dada pelos nossos pais, quer pela escola ensinou como sendo "errado": nós queremos que existam pobres. Que piada tem a festa da vida quando depois ninguém quer servir as bebidas? Sim senhor, ajudai os pobrezinhos, mas que estes fiquem pelo ghetto, favela, e de preferência lá no lugar de origem deles, em África, na Ásia Menor, e que se matem, esfolem mas sobretudo que não nos chateiem. Paciência, é da própria natureza humana. Isto explica muita coisa, como por exemplo a antipatia de certas pessoas pelo Papa Francisco:




Reparem como aquele camarada está prestes a entrar em parafuso e a rebentar um fusível. O que vale é que tudo não passam de desabafos, e provavelmente o tipo vem às redes sociais de vez em quando "ventilar" todo aquele "gás" que o apoquenta. Mas no fundo, o que faz o Papa Francisco senão...


...aquilo que a sua Igreja lhe ordena? É assim meus caros Islamófobos e simpatizantes da "causa": não sois más pessoas, mas estais um tanto ou quanto "desviados" do essencial. É só preciso reencontrar o caminho do bom senso para sair dessa floresta do disparate, e agora digo eu: antes que seja tarde demais. É que isto do confronto de civilizações tem muito que se lhe diga, e não beneficia ninguém, a não ser pessoas como este tipo, por exemplo:


E um bom exemplo disso é um certo tipo de apoio que o candidato republicano Donald Trump angariou apenas por ter sugerido que "impedirá a entrada a islâmicos" nos Estados Unidos, mesmo que temporariamente. Essa parte os islamófobos já não escutaram, pois mal o burgesso acabou de pronunciar islâmicos, teve o seu apoio incondicional. Não lhes perguntem sobre nenhum outro ponto do seu programa, que aposto que eles não vos sabem dizer. Mas isto do conflito interracial e inter-cultural na América é praticamente pão nosso de cada dia - pão deles, quer dizer. Próprio de quem fundou uma nação com base na escravatura, e levou a segregação pelo século XX adentro.


Era bom era, que "tudo o que precisou saber sobre o Islão aprendeu no 11 de Setembro". O ataque às torres gémeas em Nova Iorque pode ter servido de pretexto para lançar as bases para esta nova vaga de Islamófobia, mas mesmo assim os Islamófobos mais  "tutelares" insistem em "provar" que existe um plano malévolo do Islão para anexar o Ocidente e "acabar com o nosso modo de vida" previsto num livro com mais de mil anos: o Corão. Estes Islamófobos mais "hardcore" têm mesmo citações do Corão para praticamente tudo  (desconfio que deve existir mesmo uma aplicação para esse efeito). Aos incrédulos mandam "ir ler o Corão de uma ponta à outra" (como se eles próprios o tivessem feito), mas nunca esperando que aqueles que tentam convencer se prestem realmente a tão épica tarefa. 


E realmente não é nenhuma brincadeira, este Corão, com referências a castigos horríveis contra homossexuais, nenhum respeito pela condição feminina, e que raio é aquilo, que os "escravos" se devem sujeitar quer aos "senhores bons e sensatos, quer aos perversos"? Que maldade, e... "alto lá!" - diria agora um chico-esperto qualquer armado em inteligente. "Aquilo não é o Corão, mas sim o Antigo Testamento da Bíblia! Tomas-nos por imbecis ou quê, Leocardo?!?!". Sim, não só tomo como tenho a certeza que dificilmente encontraria cavalgaduras maiores que V. Exas. Isto porque...


...o que está ali são passagens DO NOVO TESTAMENTO. E olha ali o contexto e tudo. Vá lá, vá lá, não se engasguem, então, é a "Nova aliança". Depois de assassinarem o vosso Messias e previrem o fim dos dias no Apocalipse (recomenda-se a leitura deste às criancinhas antes de irem dormir e tudo), "vai ficar tudo bem". Ai "requer interpretação"? Claro, claro, onde se lê "a mulher esteja portanto em silêncio" devemos interpretar por "a mulher fale pelos cotovelos". E o Corão? Ah, esse não requer interpretação nenhuma, pois vem escrito na embalagem "pronto a comer" - nem é preciso juntar água nem nada! Tudo isto para dizer o quê? Que é um DISPARATE SEM NEXO pensar que alguém, ou pior ainda neste caso, UM POVO INTEIRO vai agir de acordo com o que está num manuscrito com mais de mil anos e repleto de ambiguidades. Sim, vem mesmo a calhar que se justifique a "maldade" de uma civilização através de um pressuposto místico, mas desculpem lá mais uma vez, não me conseguem convencer que é nisso que acreditam, também. E espera lá, a quem é que eu estou a pedir desculpa???

Mas afinal, quem são os islamófobos, e as suas "vítimas", que em alguns casos de "inocentes" têm muito pouco ou nada?


São indivíduos que atiram com estatísticas alarmistas que dão conta de números inflacionados quanto à percentagem de muçulmanos e imigrantes na Europa. São os mesmos que são capazes de garantir que aquele indivíduo na imagem da esquerda disse exactamente aquelas palavras que alguém escreveu por baixo da sua fotografia, mas procuram avidamente por algo que comprove que a imagem da direita, de uma criança síria ferida após um bombardeamento da força aérea russa "é uma montagem". Quando não conseguem provar coisa nenhuma - o que é aliás frequente - falam de "manipulação dos média", e de como estes "vão mostrar as imagens vezes sem conta" até que a opinião pública "aceite a vinda de mais refugiados. Irónico, vindo de quem...


...partilha MENTIRAS ad nauseum nas redes sociais, vindas de sites como este InfoWars, ou o BreitBart, ou ainda Pamela Geller ou o Britain First, cuja estirpe fica demonstrada neste artigo. Nem Freud explica o porquê de se repetirem vezes sem conta os mesmos artigos, alguns com espaços de meses entre eles, dando a entender que são "um caso distinto". Quer dizer, Freud explicaria sim, se fosse vivo, pois é claro como a água que se trata de uma demonstração de má vontade para com uma minoria. Com que então o Facebook "censurou" uma tipa que se mete em frente a uma câmara a DIZER que a culpa da onda de violações é de determinada minoria SEM APRESENTAR QUALQUER PROVA? Ena, isto quer dizer que posso fazer um vídeo a dizer as maiores barbaridades a respeito de alguém, e se o retirarem posso alegar "censura"? É boa, essa. A propósito, conheci um sueco na fila dos bilhetes para o jogo da AS Roma, em Itália, e inquiri-o a este respeito, sobre as violações. E ele disse-me que esse tipo de incidentes "era mais comum acontecer em festivais de música", o que me parece, bem, normal? Apesar de desagradável, no mínimo? Alguém discorda? Quando lhe perguntei sobre se os autores das violações eram imigrantes ou/e refugiados, ele disse-me que "nas zonas onde há mais dessas pessoas, é normal que a incidência de violações cometidas pelos mesmos seja maior". Aí está uma estatística que me parece fazer todo o sentido, e vou ainda mais longe: em zonas onde existem 0% de refugiados e imigrantes, há 0% de crimes cometidos por essas pessoas. Agora, se me conseguirem PROVAR que existem 0% de crimes no total, calo-me já. Não conseguem, pois não? Foi o que eu pensei.


"Inside" uma porra. Este é outro bom exemplo de uma fantochada que só acredita quem quer. O copinho de leite fica ali a dizer que "esteve lá" e que viu "não sei o quê" e é suposto a gente acreditar? Tem o poder da hipnose ou da indução, afinal? Esqueceu-se da câmara para nos mostrar ao vivo e a cores "o ninho da ISIS" onde (deixem-me rir) "penetrou"? Balelas. E há pior:


Sim, vemos jovens muçulmanos a atirar pedras, provavelmente na Faixa de Gaza durante mais uma intifada, e sim vemos uma Igreja em França, mas NADA, absolutamente NADA que nos faça relacionar uma coisa com outra. Era a mesma coisa que mostrar imagens do Cristiano Ronaldo a levantar a Liga dos Campeões pelo Real Madrid em Maio último e depois imagens do mesmo Ronaldo quando ainda jogava no Sporting, e convencer alguém que o clube de Alvalade tinha acabado de ganhar a Champions. Acho que essa nem na Coreia do Norte acreditavam. A não ser que alguém fique convencido pela postura "leva tudo à frente" daquele apresentador, que de imparcial não tem nada, mas mesmo nada. Nem de apresentador sequer, diria eu.


E agora vamos ao que interessa, meus senhores. Esta foi a introdução, e a seguir virá aquilo que muitos poderão considerar "impróprio", ou "deselegante", e ao que eu respondo "que se f...". Vou demonstrar através dos posts seguintes o que é um Islamófobo em acção, e já agora os próprios vão poder (talvez) tomar consciência da triste figura que estão a fazer. São personagens, algumas delas conhecidas, que conspurcam as redes sociais com a sua retórica xenófoba e as suas MENTIRAS, e antes que me acusem seja lá do que for, recordo que todas as afirmações que publicarei foram tornadas públicas por essas pessoas - é assim que funciona, e se não sabiam, ficam agora a saber. Sim, estou à espera não de refutações ou esclarecimentos de espécie alguma, mas de mais ameaças e tentativas de intimidação. Mais algumas para juntar à minha longa, longa colecção. Deve ser porque "só digo disparates", ou "não sei do que falo". Sim, só pode ser isso. Não vou publicar esses artigos nos grupos do Facebook, mas apenas na minha janela, e cada um deles duas vezes por dia, em intervalos de mais ou menos 12 horas. E é só. Aguardem!


1 comentário:

Anónimo disse...

julgando pelos exemplos que tivemos no século XX, não se augura nada de bom, até porque...


Esses que hoje matam a Europa com a invasao + assimilaçao sao os herdeiros politicos dos que incitaram a segunda guerra e que fecharam os olhos ao genocidio cometido pelos judeus-bolshevicks contra os eslavos.