quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Dossier Islamófobia: caso "D"


Bum! Go Israel! O entusiasmo infantilóide é inconfundível: eis Regina Cunha, a dondoca xenófobazinha a que já tinha feito referência neste artigo. Confesso que estava ansioso para chegar a este personagem da galeria dedicada aos islamófobos, pois com esta senhora posso recorrer livremente ao insulto - é a única linguagem que conhece. Sim, debaixo daquele chapéu ridículo habita um cocuruto oxigenado deposto de qualquer vestígio de massa encefálica. Mas pronto, assim como os opostos por vezes se atraem, os semelhantes atraem-se ainda mais:


A Regina Cunha não apoia Donald Trump: faz claque. Claro que para ela bastou o discurso demagogo "anti-Islão" do candidato que tem feito os republicanos se agarrarem ao terço e rezarem aos santinhos todos para que não fiquem conotados para sempre com ele, caso perca as eleições. Mas apesar de neste caso as declarações de amor a Trump se tornarem um tanto ou quanto repetitivas...


...no caso do Papa Francisco merecia uma espécie de prémio pela originalidade - com que então "o anti-Cristo". Só porque cancelou a visita ao Brasil por se opor a um golpe de estado que de transparente pouco ou nada teve e que destituiu uma presidente(a) democraticamente eleita? Ah esqueci-me, a tal presidente era de esquerda, que é uma das alergias aqui da dondoca. Mas quanto ao Papa Francisco, se ainda anteontem a Regina Cunha tinha dúvidas quanto ao facto do Sumo Pontífice ser ou não o "anti-Cristo"...


...dois meses antes estava cheia de certezas. Ah mas aqui pia mais fino; quer dizer, anda ali o "team Israel" a bombardear, bum bum, para depois ir o Papa visitar mesquitas? Não se faz. O mais curioso é que estas diatribes de cariz religioso da Regina Cunha são validadas por outros imbecis do mesmo calibre. E não me refiro apenas ao analfabeto que vemos ali a comentar, pois já há também...


...o pitosga, por exemplo. O Carapito (lol) aqui, outro frequentador dos muitos salões de Islamófobia que há pelas redes sociais não consegue sequer ser original, como se pode ver pelo comentário que faz ao post que ele próprio partilhou, e onde tenta conferir credibilidade àquele tratado de demência da Regina Cunha. E este nem sequer é o maior discurso da evaporada intelectual (em tamanho, lógico, uma vez que em conteúdo pautam-se todos pela mesma aridez no que toca à substância e respeito pela inteligência alheia). Preparem-se para o que vem a seguir, que me deixou inicialmente incrédulo, e que a seguir me fez rir a bandeiras despregadas - ainda não consigo evitar os ataques de gargalhada quando olho para isto! Aqui vai:


Ah ah ah ah ah! Olhe lá querida (salvo seja), a única razão porque essa pessoa era sua "amiga" - e suponho que por "amiga" queira dizer "conhecida  numa circunstância perfeitamente casual" - é porque nunca teve  uma conversa de mais de dois minutos consigo. É possível também que a pobre criatura nunca tenha assistido a alguém referir-se ao profeta do Islão enquanto espumava da boca, arrancava os cabelos e proferia obscenidades - e isto fazendo fé na veracidade deste relato, e se neste caso leva com o benefício da dúvida...


...o mesmo não se aplicaria se me tentasse convencer, a mim ou alguém cujo julgamento não esteja enturvado pela psicose da Islamófobia, que você alguma vez leu outra coisa além da bisnaga da tinta para o cabelo. Ou as etiquetas dos produtos das prateleiras do supermercado, e neste particular se há algo que me intriga...


...é o que esta criatura imagina que será o "Halal". É que nem a retórica imbecil do Hugo Gaspar em relação a este tema consegue ir tão longe. Quanto a essa de "por um processo" já lá vamos, mas..."impor o Halal aos outros"? Sharia? Imaginem só que a tipa vai ao ponto de...


...apelar ao boicote do azeite Gallo, apenas porque COMO QUASE TODOS OS PRODUTOS DE VENDA CORRENTE AO CONSUMIDOR, tem certificação "Halal". Mas que raio de telenovela mexicana é aquela, com o dinheiro que vai para "promover o Islão", e "instituir a sharia" e "subsidiar o terrorismo"? A empresa "pôs-se de cócoras" ou "foi o dono que se converteu"? E que tal nem uma coisa nem outra, e o azeite Gallo quer apenas, como muitas outras empresas do género, atrair aquele segmento de mercado? É que as aves raras como a Regina Cunha ainda são isso mesmo, uma raridade (felizmente), mas as empresas têm compromissos a cumprir, salários a pagar, e no caso do azeite Gallo, que não é um produto derivado do porco nem nada que se pareça, penso que até agradecem que os islâmicos comprem os seus produtos. A este ponto nem vale a pena explicar à Regina Cunha ou a outro infectado com este mal da Islamófobia que até os judeus procuram este símbolo nos produtos que compram, na falta de uma implementação semelhante de um certificado "kosher", que é basicamente a mesma coisa. E isto, reparem, é para quem se importa realmente com isso, ou cumpre escrupulosamente esses preceitos, e no caso de algo como o azeite, ou os iogurtes, os cereais, as barras de chocolate e outros produtos, era quase desnecessário - serve apenas para levar maluquinhos, ou maluquinhas, como neste caso, "aos arames". Mas já agora, o que é que a Regina Cunha pensa que "Halal" quer dizer, exactamente, deixando de lado essa parvoíce do "abate Halal", a que só mesmo os "apanhadinhos" dão importância?


Quer dizer "permitido", por oposição a "Haram", que significa "proibido", ou "impuro". Agora, não foi por acaso que coloquei ali aquela imagem onde vemos umas maças, duas e meia, para ser mais exacto. É que apesar de não terem o tal certificado, as maças são "halal", ou "permitidas". Tem comido algumas ultimamente, ó dondoca? É que nem fazia outra senão "meter processos", e quanto à figura ridícula, bem, a isso já deve estar habituada. Mas se há vezes em que isso até tem o seu encanto algo...chamemos-lhe "kitsch", vá lá, outras há em que é de bradar aos céus:


Obrigado! Chamem-me o que quiserem - e não seria a primeira vez, só que vindo de quem vem resvala, não, desliza pela carapaça da minha indiferença - mas sou a favor da entrada da Turquia na União Europeia. Não faço disso um "cavalo de batalha", atenção, e na verdade tanto se me dá como se me deu, mas com a saída do Reino Unido, eis aqui um ex-império com um passado em tudo idêntico, e com a diferença que hoje é uma economia emergente. E qual é o problema? "Encher a Europa de Islâmicos"? Claro, como se os turcos estivessem todos lá na Turquia numa posição de "ready-set" à espera que lhes dêem o "go" para ir por aí, por essa Europa fora. Só a má-vontade, e nunca a ingenuidade, explica tamanha presunção. Mas sim, Regina Cunha, penso exactamente isso de si, e claro que fui "confirmar", não a notícia, mas mais este sintoma da sua condição mental:


E não, em nenhum sítio frequentado por gente ciente se encontra qualquer referência à Turquia ter "legalizado a pedofilia", pelo menos nestes termos. Deve ter visto isso em algum dos muitos estábulos onde se alimenta a Islamófobia que existem por essa net afora, e assim como o seu amigo Paulo Reis, você frequenta desde que abre os olhos até que as baterias se acabam. Fazia-lhe bem sair desse covil onde definha aí em Vila Nova de Gaia, e ir (re)ver o mundo. Vai ver que ninguém a "morde". Nem sequer "devagarinho, e com jeitinho". 


1 comentário:

Anónimo disse...

O Estado Judeu resgatando e tratando Soldados dos ISIS ? Nao...nao pode ser ,ate porque israel ,como todos sabemos, é o unico "aliado" do ocidente no médio oriente.

http://www.dailymail.co.uk/news/article-3315347/Watch-heart-pounding-moment-Israeli-commandos-save-Islamic-militants-Syrian-warzone-risking-lives-sworn-enemies.html

Enquanto o estado Judaico alimenta o Isis , hesbolla e hamas o combate.

Hezbollah cleansing of ISIS terrorists
The boys at Hezbollah celebrating a victory over the dead Zionist mercenaries
http://www.liveleak.com/view?i=6bc_1460943842