quinta-feira, 14 de maio de 2015

Final inédita na Champions



Barcelona e Juventus vão-se encontrar pela primeira vez na final da Liga dos Campeões, prova mais importante do calendário da UEFA, num único a realizar no próximo dia 23 em Berlim, na Alemanha. E foi exactamente contra um adversário alemão, o Bayern, que o Barça carimbou o passaporte para a sua oitava final do apetecido troféu, e apesar da derrota por 2-3 em Munique, valeu a vantagem de 3-0 trazida do jogo da primeira mão na capital da Catalunha. Josep Guardiola, treinador dos bávaros, também ele catalão e antiga glória do Barcelona, tinha pela frente a missão espinhosa de recuperar de três golos de desvantagem, mas não começou nada mal, quanto o defesa marroquino Mehdi Benatia inaugurou o marcador logo aos sete minutos. Os campeões alemães já tinham mostrado contra o FC Porto na eliminatória anterior que não virava a cara a qualquer desvantagem, mas pela frente estava um adversário com argumentos de luxo. Seria uma destas "jóias da coroa" da equipa de Luis Enrique que viria a decidir tudo: Neymar, que com dois golos aos 15 e 29 minutos sentencia a eliminatória para os visitantes, deixando o Bayern a precisar de marcar cinco golos. Nada parece impossível quando se trata de equipas alemãs, para o melhor e para o pior, mas tudo o que o Bayern conseguiu foi marcar por mais duas vezes, por Lewandowski e Thomas Müller, já no segundo tempo. É o segundo ano consecutivo em que o Bayern cai nas meias-finais, depois de ter vencido a prova em 2013, enquanto o Barcelona chega pela primeira vez ao jogo decisivo desde 2011.



Já ontem jogou-se a outra meia-final, com o Real Madrid a receber no Santiago Bernabéu os italianos da Juventus, depois de uma derrota por 1-2 em Turim. A confiança em revalidar o título conquistado na época passada (seria a primeira equipa a fazê-lo desde o AC Milan em 1991), ainda por cima contra o arqui-rival Barcelona era enorme, e maior ficou quando Cristiano Ronaldo fez de grande penalidade aos 23 minutos o golo que colocaria os "merengues" em vantagem no cômputo das duas mãos. Mas faltava ainda muito tempo para se jogar, e os italianos fizeram da sua famosa frieza nestes momentos decisivos, e virariam as coisas seu favor aos 57 minutos, quando Álvaro Morata, que foi formado no Real Madrid, a cometer assim uma "traição" contra o seu antigo clube.Curiosamente o avançado espanhol ficou a ser o único atleta a poder ser ainda bi-campeão, pois fazia parte da equipa do Real que derrotou o Atletico Madrid na final de Lisboa no ano passado. Os madrilenos bem tentaram mas os transalpinos mantiveram a calma, e vão assim também disputar a sua oitava final da Champions e tentar o seu terceiro título, doze anos depois de terem perdido com os também italianos do AC Milão nas grandes penalidades.

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