Estava no outro dia a andar na rua quando vi um operário chinês no chão a dormir a sesta com a cabeça coberta por um chapéu de palha. Prontamente tirei o telemóvel do bolso, preparado para partilhar aquela imagem com o mundo, quando alguém me impediu de o fazer: a minha mulher. Lá estava ela a lembrar-me que “não é engraçado” violar a privacidade dos outros, e se fizessem o mesmo comigo a meter um dedo no nariz, isso tudo. A minha mulher é uma daquelas pessoas tão simples e pura que penso que não podia ter escolhido melhor. Funciona como um verdadeiro balanço. Sem ela, o Bairro do Oriente, por exemplo, seria uma pouca vergonha. É ela quem me impede de fazer disparates, é o travão dos meus impulsos animais primários, é tudo o que uma parceira deve ser. Isso do amor foi um chão que já deu uvas. O amor vem e vai, mas a amizade, o respeito e a cumplicidade são coisas que podemos partilhar com alguém de forma duradoura. Já estamos juntos há 12 anos e temos filhos maravilhosos, que são uma mistura de nós dois, em aparência e feitio. Posso-me considerar um sortudo porque acertei na pessoa certa para celebrar aquela espécie de castração parcial que é o casamento. Pela última vez aos jovens casamenteiros que andam por aí: o casamento não é nada “divertido”. Às vezes é mesmo uma grande “seca”, como vocês dizem. Não pensem que está “certo” andar aí depois a namoriscar com as colegas e a ir às putas de vez em quando, não, isso é completamente errado. Mas vai funcionando ao lado da pessoa certa. Lembrem-se que mais vale uma boa gaja, do que uma gaja boa. E é tudo o que o tio Leocardo tem para vos dizer hoje.
7 comentários:
Oh Leocardo, vai à merda seu lamechas do caralho!
Que palhaçito que você é, ó colega das 16:26....
O tio Pedro faz votos de que tenham um feliz dia de aniversário .
da-lhe joias que elas nao gostam de flores...
Leo, és um animal!
Felizes Bodas de Seda! Espero que continue a celebrar aqui connosco ano após ano, pelo menos até às Bodas de Prata! Pode ser que nessa altura já não precise de usar véu!...
Mesmo o esforço da sua mulher não impede que o Bairro do Oriente, de certa forma, seja uma vergonha: refiro-me (esteja descansado) à vergonha dos comentários. Mas onde disparata um português, disparatam dois ou três, já se sabe.
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