Um grupo de seis jovens, três homens e três mulheres, foram condenados no Irão a seis meses de prisão e a um total de 91 chicotadas (a dividir pelos seis, entenda-se) por terem feito este vídeo na casa de um deles, onde "apenas" apenas dançam ao som do tema "Happy", de Pharrell Williams. O vídeo foi colocado no YouTube a 19 de Maio, tornou-se viral um mês depois, e não foi preciso esperar muito para que a brigada dos bons costumes da polícia iraniana viesse detê-los e acusá-los de "indecência" - elas não por estarem a cumprir o código de vestuário, que obriga ao uso do "hijad", ou véu islâmico, e embos por estarem a dançar juntos. Durante o tempo que tiveram detidos foram alegadamente maltratados, humilhados e obrigados a ir à televisão pedir desculpas pelo "crime horrível" que cometeram. Um deles, Sassan Solemani, que realizou, foi condenado um ano de prisão, e o advogado do grupo vai tentar agora que a pena seja suspensa por três anos, período durante o qual o melhor mesmo é ficarem fechados em casa, e não muito próximos da janela.
A comunidade internacional e as associações de direitos humanos ficaram chocadas é lógico, não consigo é entender porquê - qual é a novidade? No Irão vigora a lei islâmica, ou seja, a lei que se aplicada nas pessoas é supostamente emanada do Homem Invisível e transmitida por uns tipos demasiado sinistros para que convençam seja quem for que há entidade divina com o desplante suficiente para lhes dirigir a palavra. No Irão os homens são obrigados a ter aparência de troglodita, as mulheres parecem múmias, e a censura é uma perspectiva de carreira convidativa, pois vai da imprensa à internet, passando pela televisão e pelas artes. Imaginem que nas revistas de moda (estrangeiras, claro) os braços e as pernas das mulheres são pintados com um marcador preto, e não pode ficar nem um tornozelo à mostra. Mesmo assim pode-se dizer que estes jovens tiveram azar, ou cometeram o erro de publicitar a sua ousadia para todo o mundo ver, pois caso as leis fossem rigorosamente aplicadas, cerca de 90% da população do Irão estava na cadeia. Este vídeo para nós pode não parecer nada de especial (em todos os aspectos, aliás) para estes tipos é pior do que bestialidade ou incesto rematado com canibalismo. Para perceber só mesmo tendo uma cabecinha, muito pequena. Uma tola pequenina, pequenina, uma "aya-tola".
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