Assim? Sou assim como?
Tão genuínio, tão legítimo, vernáculo e impermisto?
Como posso ser eu assim?
Que árdego, que férvido, fogoso e arupanado?
Não queres que eu seja assim,
Assim tolo, delambido e bonifrate.
Porque é que não aviso primeiro que sou assim,
Que sou impulsivo, um sociopata mitómano.
Fosse eu dizer que sou assim,
E viam um sandeu, um pobre bobo, um patamaz.
Fosses tu ser como eu, assim,
Desvairado, delirantemente apaixonado.
E sentias o que é ser assim,
E talvez eu pudesse ser assado.
Leocardo, 10/09/2014 (ou outro dia qualquer...)
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