sábado, 5 de janeiro de 2013

Para a Rússia allez allez


A Rússia concedeu a cidadania ao actor francês Gérard Depardieu, que tem estado ultimamente nas bocas do mundo por se opôr ao pagamento de impostos na sua França natal. Eu até compreendo o senhor, pois ficar apenas com 17% dos rendimentos e entregar o resto ao fisco custa a qualquer um, e os mais santos torna maus. Imagine o leitor que aufere rendimentos da ordem das 200 mil patacas mensais, fica com 34 mil para si e entrega os restantes 166 mil ao maneta. Por muito cumpridor e bonzinho que se seja, isto custa. Só não posso é simpatizar com o personagem, este Depardieu. Como actor deixa muito a desejar, e tem um aspecto asqueroso. Não achei o seu “Cyrano de Bergerac” nada de especial, e não me recordo de algum filme em que me tenha impressionado pelos seus dotes de actor. Agora deixa-se abraçar pelo déspota Putin e seus amigos, que se calhar vão usá-lo como exemplo da falência da construção europeia em particular e da democracia do estilo ocidental em geral.

Quem também se prepara para se juntar a esta paródia é a ex-actriz Briggite Bardot, semi-reclusa desde os anos 70, só que por razões diferentes; a sex symbol francesa dos anos 60 quer renunciar à nacionalidade francesa e pedir a cidadania russa como forma de protesto pelo facto de dois elefantes de circo terem sido eutanaziados por estarem doentes com tubercolose. Não, não estou a brincar. Bardot é conhecida nos últimos anos pela defesa dos direitos dos animais e pela antipatia que nutre por estrangeiros, nomeadamente os de origem muçulmana, que culpa pela descaracterização dos valores culturais franceses. Cada maluco com a sua mania.

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