quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Jorge Fernando, o grande


Estive ontem à noite a escrever até tarde, enquanto na RTPi passava o enlatado “Portugal no Coração”, que apesar de não ser exactamente um delírio em termos de entretenimento, traz às vezes convidados interessantes. Foi esse o caso, pois esteve no programa o músico Jorge Fernando, que além de ser um profícuo autor e compositor, é uma óptima pessoa. A primeira vez que vi o Jorge tinha eu 13 anos e estava a jantar com a família no restaurante “Horizonte Azul” (passo a publicidade), no Alto de S. Sebastião, perto da Moita. Voltei a a encontrá-lo aqui em Macau há alguns anos, quando acompanhou a cantora Ana Moura, uma das suas “protegidas”, e tive a oportunidade de trocar dois dedos de conversa com ele. Uma pessoa maravilhosa, humilde, acessível, fossem todos os artistas da nossa praça como ele. Adorei reencontrá-lo e espere que nos venha visitar novamente em breve. O Jorge é um “irmão” da margem sul, apesar de ter nascido em Lisboa (temos isso em comum), foi guitarrista de Amália (entre outros) e escreveu mais de 600 canções para os mais vários artistas. Apesar da maior proximidade com o fado, a música do Jorge Fernando insere-se na designação generalista de ‘”música ligeira”, e todos conhecem o seu “Umbadá”, canção que defendeu no Festival RTP da Canção em 1985, quedando-se (injustamente) pelo 5º lugar. O ano passado voltou a fazer sucesso com este “Desespero”, acompanhado pelo rapper Virgul e por Dino d’Santiago. Fiquem bem, fiquem com Jorge Fernando.

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