1) As Portas do Entendimento estão vetadas ao abandono. O monumento da autoria do arquitecto Charters de Almeida foi inaugurado em 1993 para celebrar a amizade luso-chinesa, um dos primeiros para assinalar a iminente transferência de soberania, e actualmente encontra-se em mau estado de conservação, com um ar de que só toma banho quando chove. A estética do monumento, que chegou a ser carinhosamente conhecido por "calhaus do mar" é discutível, e quando vejo nas notícias que "está fehcado ao público há cinco anos", fico surpreendido. Alguma vez esteve aberto? O que há ali para ver? Talvez apenas paisagem, uma vez que a localização é favorável, ali junto dos lagos Nam Van, em plena baía da Praia Grande. Este é apenas mais um exemplo de desleixo que parece fazer escola em Macau; pelo menos estas Portas do Entendimento estão ali atiradas para onde não incomodam ninguém, mas podiam começar a fazer alguma coisa por outras estruturas que estão mesmo "no meio do caminho", como o Hotel Internacional ou o Hotel Estoril. Quanto à amizade luso-chinesa, está bem e recomenda-se. Os "calhaus" são um detalhe.
2) Chan Meng Kam saíu em defesa do colega de bancada e amigo Ung Choi Kun, e "atirou-se"ao presidente da Associação de Advogados de Macau, Jorge Neto Valente. Num tom agressivo e até algo ameaçador, Chan Meng Kam criticou a pouca abertura de Neto Valente às críticas, e num comentário que tem tanto de esclarecedor como de cómico, garante que Ung Choi Kun "lê a Lei Básica", e que nestes sete anos de hemiciclo "viu-o a lê-la várias vezes". Lá ler, ele lê, agora só precisa de alguém que lhe explique do que se trata...
3) A Reolian voltou a matar. Um motociclista residente de 58 anos envolveu-se num acidente com um autocarro da companhia e não resistiu a ferimentos na cabeça. As imagens do acidente foram bem gráficas, sendo visíveis as manchas de sangue na estrada. Um "regresso" que não se saúda, quando se pensava que as coisas tinham entrado nos eixos. É verdade que os acidentes acontecem, e não estou a culpar a Reolian por mais esta infeliz tragédia, mas os autocarros deviam servir a população, e não representar um perigo público. É só preciso um pouco mais de cuidado.
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