Trio desfeito

A saída do painelista portista do "Trio de Ataque" da RTP, Rui Moreira, leva-me a questionar toda a lógica destas quadrilhices desportivas. Lembro-me dos primórdios do debate inter-clubístico ainda no século passado, com "Jogo Falado". Na altura tinhamos o benfiquista Fernando Seara, o sportinguista Pedro Santana Lopes e o portista Pôncio Monteiro. Os três entendiam-se às mil maravilhas, e o programa foi elevado aos píncaros da História da televisão em Portugal. Ainda durante o "Jogo Falado" Pedro Santana Lopes foi substituído pelo detestável Rui Oliveira e Costa, sindicalista da UGT. Fernando Seara saíria para a câmara de Sintra, e estava desfeito o primeiro trio de sonho. Este "Trio de Ataque" segue mais ou menos o mesmo modelo de "Jogo Falado", e até não começou mal, sem Rui Oliveira e Costa. Os "lagartos" de serviço começaram por ser Jorge Gabriel e Sérgio Godinho, muito mais simpáticos e menos arrogantes. O sr. Oliveira e Costa politizou completamente um debate que se queria mais divertido. O benfiquista de serviço é António-Pedro de Vasconcellos, realizador de cinema com nome de barão das calças rotas, que deve estar a sofrer de problemas sérios relacionados com a velhice. E fico por aqui. Quanto a Rui Moreira, muito mais suave que Pôncio Monteiro, é quem bate com a porta. A SAD do FC Porto comunicou que em relação ao programa "Trio de Ataque", "(...)o FC Porto não apoiará qualquer sócio ou adepto que venha a ser enquadrado como representante do clube, nem lhe prestará qualquer tipo de informação, pelo que todas as suas posições serão sempre pessoais". Isto é o mesmo que dizer "Fim do programa". Boa viagem.