Vi esta manhã um dos melhores, senão mesmo o melhor filme do ano. “Machete” começou por ser uma brincadeira de Robert Rodriguez para o filme “Grindhouse”, uma parceria com Quentin Tarantino numa homenagem aos “B movies”. Seguindo nesse estilo, Rodriguez voltou a recrutar o feíssimo Danny Trejo, e realizou um filme de quase duas horas, cheio de violência e humor, que nada fica a dever a “Desperado” ou “Once Upon a Time in Mexico”, outros trabalhos de Rodriguez. Trejo, um ex-presidiário e espécie de anti-herói dos filmes “tex-mex” obtem o seu primeiro papel principal aos 65 anos, como Machete, um ex-polícia que viu a família morrer às mãos de um barão da droga, e vê-se envolvido numa trama política que o leva não só a vingar-se, mas a restabelecer “peace on the land”. A forma como o faz é sangrenta, com recurso a facas, machetes (uma espécie de catana), e tudo mais o que estiver à mão e for afiado. O filme conta um elenco de luxo, desde Robert de Niro a Jessica Alba, passando por Michelle Rodriguez, Don Johnson, Steven Seagal e Jeff Fahey. O destaque vai para Lindsay Lohan, que aparece aqui a representar e não nos escaparates da porcaria, no papel de filha de um empresário corrupto e sanguinário. Mostrou que é antes de mais nada uma actriz, e foi muito bom vê-la sóbria. “Machete” é um dos filmes de Verão que me passou ao lado, e a boa hora “apanhei”. Promete tornar-se um clássico entre os filmes de culto.
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