Dois 10/10 especiais

O dia 10 de Outubro fica ainda marcado por dois aniversários. O primeiro do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, que comemorou 65 anos. O sucessor de Kim Jong-Il foi visto mais uma vez ao lado do pai, mas o "querido líder" foi reconduzido na liderança do partido, adiando assim a ascensão de Kim Jong-Un, que se consola com o facto do mundo inteiro ficar a saber quem vai mandar na Coreia do Norte nos próximos anos. Como sempre o aniversário foi assinalado om paradas militares, desfiles e outras baboseiras infantilóides com que o regime de Pyongyang já nos vem brindando de vez em quando, e não faltou a presença do (único) amigo, a China, que se fez representar por uma alta individualidade. A Coreia do Norte confirma-se assim como um perigo à escala mundial: uma monarquia assumida.

Em Taiwan comemorou-se o aniversário da revolução de Xinhai, que derrubou a dinastia Qing (ou "king", como ouvi no Telejornal), e o presidente Ma Ying-Jeou voltou a apelar à China que retire os mísseis apontados à ilha nacionalista. Não deve ser fácil viver com mísseis apontados à cabeça, e questiono o sentido desta posição da China. Ou se querem unificar com eles, ou querem aniquilá-los, uma coisa ou a outra. Em Macau o dia 10 de Outubro é normalmente marcado com uma pequena cerimónia na Casa Memorial do Dr. Sun Yat-sen, na Rua de Silva Mendes. Para o ano comemora-se o centenário do levantamento de Wuchang e o fim da monarquia na China. Serão cem anos uma data redonda para resolver a questão de Taiwan?