terça-feira, 5 de outubro de 2010

Considerações de um século de República


1) Macau acordou hoje perante um fenómeno estranho. Alguém içou a bandeira monárquica no edifício do Consulado Geral de Portugal, e que ficou lá até de manhãzinha. Engraçadinhos. Realmente, é isto que o centenário da República os inspiram a fazer? Eu sou muito feliz por ter nascido e vivido sempre em países republicanos. Nunca se sabe se dou um peido, ofendo o rei e vou parar à choldra, como acontece na Tailândia. Ainda falam de Repúblicas das Bananas, quando a história está cheia de reinos, impérios, reiches e sultanatos de horror e desespero. Ainda hoje se calhar ninguém percebeu que a Arábia Saudita, o país menos livre do mundo, é afinal um reino. Quando se chama à Coreia do Norte uma “monarquia comunista” é a palavra “monarquia” que torna a expressão demoníaca. Toda a gente diz “império do mal”, e nunca “república do mal”. Diz-se “ter o rei na barriga”, e não “ter o presidente na barriga”. Um rei ou rainha é, de acordo com a constituição lá do paízeco monárquico, “até à morte”. Esta é que é uma carreira segura, se calhar a mais difícil do mundo para se despedir. Mesmo que o rei ou rainha fiquem loucos, relhos ou ligados a um ventilador. O que valeu recentemente ao Nepal foi o príncipe ter enlouquecido de vez e chacinado a família real, e agora o Nepal é mais jeitosinho como República. Isto tudo para dizer que mesmo que a vida lhe corra muito mal, ou que em tempos de crise começemos a questionar as nossas instituições democráticas (que é preciso recordar que se podem sempre trocar), pensem que podia ser pior. Podia ser uma monarquia! Bem sabemos que neste centenário a nossa República está bem tristinha e moribunda, mas não é razão para pendurar bandeiras do demo numa representação da nossa querida República Portuguesa. Não havia “nexexidade”.

2) Impressiona-me a forma incisiva e articulada com que o director do JTM se refere ao Novo Macau Democrático (NMD). Neste editorial de ontem podemos ler que “protesta” contra o aproveitamento político que o deputado Ng Kwok Cheong, cabeça de cartaz do referido NMD, fez de uma auto-intitulada manifestação que se realizou no último 1 de Outubro. Depois o director do JTM congratula-se com uma “tomada de consciência de alguns sectores da população” contra as atitudes “populistas e demagógicas” deste grupo. Já na rubrica “Opiniões”, do Telejornal de Domingo, já o sr. Director do JTM tinha expressado a eventual denúncia do NMD como uma fraude prestes a ser desmascarada. A população está portanto a ficar politicamente madura (conclusão minha). Os 23 mil votos expressos em 2005 e os 27 mil de 2009 vão certamente dissipar-se em 2013. Certamente que este aproveitamento descarado daquela “manifestação” (entre aspas porque quando ninguém se manifesta não é uma manifestação propriamente dita) de gente tão boazinha vai ser a machadada final nas pretensões destes betinhos A.I.D.S. (Auto-Intitulados DemocrataS). Estes “malcriadões” – outra simpatia com que normalmente o NMD ou Pereira Coutinho são brindados regularmente – que nunca apresentaram “trabalho feito”, ao contrário dos anjinhos do poder, vão ter as orelhas puxadas até ao chão pelo eleitorado. Vai ser limpinho.

3) Passei pela hora de almoço pela Livraria Portuguesa, e como não podia deixar de ser, as montras estavam repletas de livros do dr. Henrique de Senna Fernandes, desaparecido ontem, como se sabe. Penso que é normal nestas situações que assim seja, que se puxem dos livros da gaveta e que se lembre ao público que o homem morreu mas a obra está ali vivinha da silva. Só que penso que o dr. Henrique de Senna Fernandes dispensa apresentações, pelo menos em Macau. Já em Portugal não sei bem, não tive tempo para ler os jornais, mas pelo menos não vi nenhuma referência da morte do escritor na RTPi. Onde era mesmo preciso que se publicitasse a obra de HSF era em Portugal, e já agora em todos os países de expressão portuguesa. Se os portugueses se encantam com os escritores africanos e brasileiros, que razão existe para que não se apaixonem também pela literatura de Macau, pelas “estórias com História” deste sítio onde, pasme-se, o português também é língua oficial? Adenda: há esta notícia no jornal Público.

49 comentários:

Wenceslau disse...

Triste, mesmo triste é ter sido necessário que alguém pendurasse a bandeira da monarquia para que se lembrassem em Macau que a República está viva. Não fosse isso e os cem anos do 5 de Outubro seriam apenas o dia em que a Amélia António distribui cheques e carolinhos carinhosos às criancinhas do burgo.

Anónimo disse...

Realmente esses gajos que trocaram a bandeira são uns filhos da mãe. E são-no, sobretudo, porque não me avisaram da iniciativa, na qual eu teria colaborado com o maior dos prazeres. Ó Leocardo, tome pastilhas para a azia e pense, sobretudo, que estes se limitaram a pôr a bandeira linda no sítio certo. Não mataram ninguém, ao contrário dos seus queridos republicanos.

Anónimo disse...

Pois...parece que o 5 de Outubro não aconteceu por estas bandas! O dia 1 é mais importante para os tugas cá do sitio (o broche ao chines é importante...). Nem uma caca de uma cerimónia oficial estes anormais sem espinha foram capazes de fazer! São todos uns vendidos!

Anónimo disse...

Mas cerimónia oficial porquê? 1 de Dezembro é que é a data importante (10 de Junho também, porque não?). O 5 de Outubro é uma palhaçada. É o grande dia dos trauliteiros.

Anónimo disse...

Muito bem, Leocardo, devia considerar deixar Macau e, aproveitando a sua bela conversa da treta, seguir carreira política na bela República Portuguesa. Se fala de Portugal, não seria mais lógico compará-lo com outros países europeus? Como se sabe, os espanhóis, os ingleses, os suecos ou os holandeses são logo presos se derem um peido que chegue ao fino nariz do seu rei. Viva a República, viva a austeridade, e viva o défice, carago!

PS: Numa coisa tenho de lhe dar razão. E é que Portugal deve ser realmente o país mais livre de todos, graças à República, pelo menos considerando a catrefada de criminosos que por lá andam à solta. O que faz sentido. Afinal, com que moral é que um regime que se instalou por via de um assassinato prenderia outros assassinos?

Anónimo disse...

O cônsul Manuel Cansado, visivelmente cansado, e apesar de ter apelidado o acto de cobarde, afirmou à Lusa: “Tudo o que sei é que o que se passou foi no jardim, as instalações [do consulado] não foram violadas”.

No meio disto tudo, teve muita sorte. Fossem os brincalhões adeptos da República e, à boa maneira republicana, tinham partido aquela merda toda, como só eles sabem.

Anónimo disse...

já vi que anda aqui muita gentalha que ainda vai em 1908....
preocupante.

Anónimo disse...

Devem ter sido os putos betinhos do Clarim. Como agora não podem escrever disparates passaram à luta armada!

Anónimo disse...

Os portugueses nunca estão satisfeitos com nada,se estão numa ditadura não gostam,se estão numa monarquia não gostam,se estão numa república não gostam.Não gostam de nada,estão sempre a queixar por tudo e por nada mas o pior é que não fazem puto para mudar as coisas.

Anónimo disse...

se é para ser monarquia, então que nos entreguemos a Espanha de vez.

Anónimo disse...

O 5 de Outubro que eu comemoro aconteceu há 867 anos...

Anónimo disse...

Epá, troquem a merda do passaporte então!

Anónimo disse...

Nem mais anónimo das 21h30,vejam o exemplo da Espanha,que é uma monarquia.

Anónimo disse...

Mais vale ser pobre que lamber o cu aos espanhóis.

Anónimo disse...

Oh Anónimo ds 02H23,neste caso prefiro lamber a cona das espanholas do que ser pobre.Aos homens espanhóis que se fodam entre eles e os portugueses.

Anónimo disse...

Haja alguém que nos lembre o que foi o 5 Outubro.

AA

Anónimo disse...

Exactamente, anónimo da 01:59. Isso sim, seria de comemorar, o Tratado de Zamora de 1143, que reconhece a Independência de Portugal. Até isso os republicanos conseguiram "apagar", sobrepondo-lhe a Proclamação da República, como se essa merda de proclamação tivesse alguma importância. Eu não festejo nada, porque é a Proclamação que se comemora oficialmente e é por causa dela que é feriado. Para a maioria dos idiotas portugueses de cérebro convenientemente lavado, a República está à frente da Independência, como se aquela pudesse existir sem esta. Ao contrário do que pensa o anónimo das 19:30, isso é que é preocupante e revela a típica ignorância dos republicanos caceteiros.

Anónimo disse...

Os espanhóis estão no mesmo barco de crise que Portugal ou até pior. A taxa de desemprego de lá nunca esteve tão alta como agora. Quem não sabe que não fale. Portugal entregue a Espanha??!! ahaha Essa está boa.
E mais, todos os países europeus onde a monarquia ainda prevalece, é uma monarquia constitucional!!! Onde o monarca é quase na sua totalidade uma figura decorativa sujeita à constituição. Os monarcas constitucionais possuem pouco poder político real, e são constituídos pela tradição, opinião popular, ou por códigos legais e estatutos. Eles servem como símbolos de continuidade e de Estado e actuam em funções praticamente cerimoniais.
Já agora...Monarquia absoluta, o monarca governa como um autocrata, com poder absoluto sobre o Estado e governo. Por exemplo, o direito para governar por decreto, promulgar leis e impor punições. A monarquia absoluta (em especial), é algumas vezes ligada a aspectos religiosos. Muitos monarcas já reivindicaram o direito para governar segundo a vontade de Deus. Como que, "direito divino dos Reis" ou "mandato do céu".
Quem não sabe, que esteja calado que faz melhor figura do que andar a dizer disparates e falsas verdades.
E quanto à crise de Portugal, só se resolve com uma nova reforma de políticos. Mas isso talvez seja sonhar alto demais. Quem sabe?!

Anónimo disse...

Estava mesmo a fazer falta um pseudo-intelectualóide para nos explicar a nós, ignorantes, a diferença entre monarquia absoluta e constitucional. Mas alguém falou em monarquia absoluta? Se a monarquia tivesse continuado em Portugal, obviamente seria constitucional como no resto da Europa (já o era antes de 1910) e ninguém aqui deu a entender que quisesse uma monarquia absoluta.

Quem devia ter ficado calado era o anónimo das 12:27, que veio para aqui dar ares de inteligente, como se só ele soubesse a diferença entre uma coisa e outra. Quais foram os "disparates e falsas verdades" que aqui se disseram, é capaz de explicar? E por acaso já não se lembra que o maior autocrata que Portugal viu nos últimos 200 anos existiu durante a República? Ou também pretende branquear isso, tal como a República branqueou o verdadeiro e único 5 de Outubro realmente importante, o de 1143?

Leocardo disse...

Resumindo: tinhamo-nos livrado da monarquia, que era uma instituição danosa e viciada, e há quem a queira de volta.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

"Instituição danosa e viciada" é expressão que nunca serviu melhor para Portugal do que serve hoje, neste preciso momento. O pior cego é aquele que não quer ver.

Anónimo disse...

tantos "experts" aqui em monarquias,parece que já viveram no Portugal monárquico.

Anónimo disse...

Se enfiou a carapuça o problema é seu.

Anónimo disse...

Desculpem, deixem-me emendar:
Se enfiou a carapuça o problema é seu anónimo das 13.19.

Anónimo disse...

Anónimo das 13h38 não é preciso ser drogado para saber que fumar droga faz mal.

Anónimo disse...

Qual carapuça? Tentei fazer-lhe ver o despropósito da sua "aula sobre Monarquia", explicando que ninguém tinha defendido monarquias absolutas. E continua uma pergunta por responder: quais são os disparates e, sobretudo, as falsas verdades que aqui se disseram? Apeteceu-lhe só atirar isso assim para o ar?

Republicano Caceteiro disse...

Quem se mete com a República, leva!

Anónimo disse...

Tanto disparate...

Ainda bem que se lembrou de referir as Monarquias de Estados no mesmo contexto que o Portugues, como os da Tailandia, do Nepal, da Arabia Saudita, da Coreia do Norte (espere ai, Coreia do Norte? Aquela cuja designacao oficial e Republica Democratica Popular da Coreia? Nao pode ser, deve estar a referir-se a outra, erro meu, perdoe-me o lapso).

Nao percebo, no entanto, como e que a questao monarquica gera tanta discussao, sendo algo tao ultrapassado. Que o digam os pobres oprimidos da Dinamarca, Suecia, Espanha, Reino Unido, Holanda, Canada, Australia.
Perdoe-me outra vez, obviamente esses nao contam.

Anónimo disse...

eu gostava que em portugal o dinheiro trouxesse a cara do Duque e dos princepesinhos sobre um cenário de fundo de downtown bragança, tão fofos...

óóóooo....




by the way, não tentaram matar a rainha da Holanda, o ano passado? aquele tipo que depois se espetou contra um poste live on TV??

Anónimo disse...

Se as pessoas falam com ironia aqui constantemente, passa a ser difícil de distinguir do que é ironia ou não. A minha intenção não foi dar um de expert mas sim mostrar o tipo de monarquia que se vive na Europa. Simplesmente mostrei a diferença entre elas para quem não souber. Ou serão todos experts aqui??
E quanto a falsas verdades, é para quem está constantemente a deitar a baixo Portugal e portugueses que lá vivem. Coitados que são governados por políticos da treta corruptos.
Mas enfim, acho que melhor será deixar de comentar para não ter de estar a levar com estes males entendidos e por vezes ofensas quando a intenção é só fazer parte de algo e partilhar ideias. Deixe-me sublinhar que não me sinto ofendido por si. Mas parece que aqui, é melhor explicar tin-tin por tin-tin as intenções...se é que merece a pena?!

Anónimo disse...

Sim, é hábito enraizado tentar matar reis e rainhas. Foi assim que a República conquistou Portugal, pelo sangue. Só não percebo porque é que os monárquicos não usam os mesmos meios. Talvez para não serem confundidos com a escumalha...

Anónimo disse...

Explique-me qual o benefício da monarquia?

Anónimo disse...

Até conseguia explicar. Mas explique-me primeiro qual o benefício da república.

Anónimo disse...

Pois pois... não se incomode então se não tem como explicar.

Anonimo das 14:40 disse...

Acima de tudo, valeu a pena a bandeira para que se pudesse parar um pouco e pensar sobre o assunto.

Beneficios de uma Monarquia em Portugal:

- Um Rei e sempre o Rei de todos os Portugueses, nao estando sujeito a interesses (e obrigacoes) partidarios, intrinsecamente divisionistas.

- O Rei sera sempre o primeiro servidor da Nacao.

- Enquanto que o governo governa, o Chefe de Estado, tanto o Rei como o Presidente, tem essencialmente um papel de representacao de Portugal e garante da soberania da Nacao. Um Rei, sendo educado para tal desde que nasceu, tera naturalmente mais vocacao para essas funcoes especificas do que um Presidente.

- Existem mecanismos em todas as Monarquias Ocidentais para depor um Rei (ou nem sequer elege-lo), caso seja considerado inapto ou desadequado para exercer o cargo.

- Um Rei tendera a estabelecer ligacoes proximas com os Chefes de Estado (e outras figuras de relevo) de varias Nacoes durante toda a sua vida, o que representa em potencia um elo de ligacao especial e mais forte com as outras Nacoes, atraves essencialmente dos seus Chefes de Estado. Esta ligacao especial tem varias repercursoes, nomeadamente politicas e economicas.

- Uma Casa Real tende a ter custos significativamente mais baixos do que uma Presidencia de Republica. Sendo a do Reino Unido uma excepcao, nao so pelas implicacoes historicas, sociais, turisticas (...), mas tambem, e sobretudo, pelo numero de paises (e populacao) que representa, se analisarmos, por exemplo, os gastos da Casa Real Espanhola em relacao aos gastos da Presidencia da Republica Portuguesa, os numeros sao por demais evidentes: Os custos para a Casa Real sao, em Espanha, de 19 Centimos por pessoa, enquanto que em Portugal a Presidencia custa a cada Portugues 1,58 Euros. E isto nao se justifica pela menor populacao porque, em termos de transferencia de orcamento, o governo Espanhol transfere para a Casa Real cerca de 9 Milhoes de Euros. O Portugues transfere 16 Milhoes...

- Um Rei nao necessita de fazer jogadas politicas num primeiro mandato para conseguir ser reeleito num segundo.

- Entre outros...

E o comum argumento pro-Republica de que vale mais saber-se que qualquer Portugues (enfim, qualquer um de nos) pode potencialmente ser Presidente, nao me convence. Nao me parece que esse argumento tenha como sujeito principal Portugal, mas sim o ego de cada um. Sendo as funcoes de um Chefe de Estado as que acima referi, estou convencido de que um Rei as cumpriria melhor do que um Presidente. Nunca esquecendo que o Governo e o Parlamento teriam o mesmo papel que o que tem hoje.

Sendo-me esta uma questao querida, tenho todo o gosto em ouvir os beneficios da Republica, e discutir o tema de forma educada e construtiva.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Não me leve a mal, mas não vejo de todo grandes benefícios. No fundo seria uma questão de cordialidade e de ser bom comunicador. Concordo que um rei seria mais bem preparado para representar o país do que um presidente. No entanto, tenho uma questão: de que monarquia fala? Para "enfeitar", acho que já chega o que temos além que pouca diferença faria da forma de governo actual. Se, monarquia absoluta, não me parece que trouxesse quaisquer benefícios.


Respondendo à sua questão e não ignorando que Portugal vive numa republica democrática....
- o cidadão tem a liberdade de eleger os seus representantes
- é um conjunto de principios e praticas que protegem a liberdade humana
- embora respeitem a vontade da maioria do cidadão, protegem escrupulosamente os direitos fundamentais dos indivíduos e das minorias.
- Liberdade de expressão e de religião, o direito a protecção legal igual e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, económica e cultural da sociedade
- baseia-se em principios fundamentais e não em práticas uniformes
- os cidadãos não têm apenas direitos como têm o dever de participar no sistema politico
- as sociedades estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso.

O que posso dizer, depois desta conversa é que não há forma de governo exemplar ou e que siga à risca todos as suas vantagens.
Infelizmente, na prática, em Portugal e não só, o dinheiro é que conduz os interesses ou situações (se é que me faço entender neste ultimo pequeno paragrafo).
Um bem haja...

Anónimo disse...

o parvalhão das 19:19 é isso mesmo, parvalhão....

Q conversa de xaxa, opá.... deves ser um menino de Cascais, ou q???


jizus......

Anónimo disse...

Não concordo com o anónimo das 19:19, mas reconheco que explicou o seu ponto de vista e opinião de forma bem estruturada e acima de tudo educada e civilizada.

O anónimo das 22:15 podia aprender a fazer o mesmo. Mas prefere o insulto gratuito e vazio sem acrescentar absolutamente nada ao debate.

Mais valia estar calado.

Anónimo disse...

Entre Monarquia e República, escolho Salazar.

Anónimo disse...

O anónimo das 22:15 é apenas um palerma que nasceu numa República e a quem disseram desde pequenino que as monarquias são ditaduras. E a quem, sobretudo, não ensinaram a pensar pela própria cabeça (nem tão pouco ensinaram a escrever). Mesmo as explicações mais coerentes (como as do anónimo das 14:40) não fazem eco em cabeças ocas, apesar das leis da física que dizem que no oco é que o eco se propaga. E é verdade, mas o oco já está ocupado pelo eco que primeiro lhe chegou e não há espaço para mais.

Anónimo disse...

ouve lá, pá das 4:35

quer mesmo o duque de Bragança como Rei de Portugal, really??

acho que tou a ser atacado pelo "lobbie" monárquico em Macau surgido lá para 1997 na altura da moda do rugby em Macau.

estou certo?


o meu amigo não sabe (não é para se saber), mas por ex no Reino unido a sua casa não é sua, é da Rainha porque o TERRENO (Reino Unido ) é dela. percebe a situação?

é isso que quer?


também já ouvi dizer que essa Sra tem uma fortuna há volta dos 3 mil milhões de €.....


que giro, não é? Farta-se de trabalhar, a sra... ufa...




cambadas de idiotas vocês, ás vezes..

Anónimo disse...

Idiota é quem acredita em histórias da carochinha. Quantos britânicos é que já se queixaram de a Rainha lhes ter tirado a casa, dizendo que era sua? Nem sequer conseguem perceber coisas simbólicas, que na prática não são verdade. Conheço casos verdadeiros é de pessoas na República das Bananas que iam ter uma reforma que de repente foi adiada e de trabalhadores que tinham um salário que de um dia para o outro encolheu. Esses sim, foram espoliados daquilo que, por direito, era deles. Isso é que é real, apesar de que não estava escrito em lado nenhum. A culpa deve ser de Portugal ser uma República "sui generis" que tem como presidente um Bolo-Rei (lá está, culpa da Monarquia!).

Anónimo disse...

Eu sou o anónimo das 20.54. Gostava de saber qual comentário do "anónimo das 14.40 disse"(19.19), a cerca do que escrevi. Obrigado.

Anónimo disse...

Com esse português em que escreveu, não vai conseguir saber nada porque ninguém percebeu o que quer.

Anónimo disse...

Vá-se catar! A conversa não é consigo.

Anónimo disse...

Pois não. Só que tenho a certeza que aquele com quem a conversa é também não percebeu.

Anonimo das 14:40 disse...

Ola outra vez, e obrigado pelo comentario.

Em relacao ao que disse (20:54):

Naturalmente nao defendo uma monarquia absoluta em Portugal; nao e algo que faca sentido nos dias de hoje. Por outro lado, nao considero que uma monarquia parlamentar, tendo como suporte uma constituicao forte (como foi a de 1821), seja "para enfeitar".

Ainda bem que concorda que um Rei seria mais bem preparado para representar Portugal que um Presidente, agora pergunto-lhe eu: considera menores as relacoes diplomaticas entre as diferentes nacoes e os seus representantes? Para mim, nao so essa e uma questao fundamental no actual paradigma internacional, como tambem o e, em termos nacionais, a representacao de Portugal dentro do Pais.

Concretamente, em resposta aos seus pontos:

- Aprecio a liberdade de eleger os meus representantes (ate preferia poder eleger mais), mas, e aqui divergimos, prefiro que o representante maximo de Portugal nao tenha de se submeter a outros interesses para conseguir ser eleito.

- Nao me parece que o sistema monarquico, por natureza, ponha em causa o garante da proteccao da vida humana, tal como o sistema republicano nao seja tambem intrinsecamente um conjunto de principios e praticas nesse sentido. Isto e valido tanto em termos teoricos como praticos (comparemos a Suecia com o Sudao, ou por outro lado a Alemanha com a Arabia Saudita).

- Nao me parece ser a proteccao das minorias um exclusivo da Republica. Pelo contrario, considero o Rei em posicao priveligiada para tal. Em termos praticos, podemos ver as causas pelas quais D. Duarte, por exemplo, se tem batido durante toda a sua vida. E insistentemente, apesar de o fazer sem cameras de televisao atras.

- Em relacao ao ponto "liberdade...", a unica coisa que pode ser debatida e a "participacao plena na vida politica", pois tudo o resto nao e, mais uma vez, exclusivo da republica. Em relacao a participacao politica plena, remeto para o meu primeiro ponto.

- Podem respeitar-se principios fundamentais validos e utilizar praticas uniformes que sejam positivas, tal como pode dar-se o contrario. Parece-me que esta a tentar colar aqui a Republica a Democracia, e a Monarquia a algo parecido com o Admiravel Mundo Novo de A. Huxley, quando em discussao esta so a Chefia de Estado.

- os cidadaos da Republica Portuguesa, tal como os subditos do Rei D. Carlos, tem o direito e o dever de participar no sistema politico.

- Se quer que lhe diga, acho que no Reino da Holanda ate a tolerancia a mais na sociedade, mas isso sao questoes externas ao nosso debate. Tambem a cooperacao e o compromisso sao validos em qualquer dos sistemas.

Finalmente, concordo consigo quando diz que o dinheiro conduz demasiados interesses. Neste sistema de partidocracia, com maquinas por detras de cada partido por vezes mais, por vezes menos transparentes, esse e um risco real que corremos. Os poderes que se encontram por detras dos agentes de decisao sao de facto muito influentes, e infelizmente nem sempre tem Portugal ou os Portugueses como objectivo. Tambem nao me vai ouvir dizer que sera o Rei a mudar tudo isso. Essa era essencialmente a propaganda Republicana antes de 1910, com os resultados que se viram (Primeira Republica = Anarquia; Segunda Republica = Ditadura). No entanto, sendo que o Rei e o primeiro servidor de Portugal, sem um partido ou agente economico de quem tenha dependido para chegar a Rei, acredito que possa constituir um contra poder a essas influencias externas. Isto ao contrario do Presidente, que tem sempre (ate ver) um partido por tras a quem deve, por mais que o negue. O mesmo partido, ora do governo, ora da oposicao, mas sempre com uma agenda.

A agenda do Rei e Portugal.

Cumprimentos

Anonimo das 14:40 disse...

Peco desculpa pela falta de acentos, o que dificulta um pouco a leitura do (ja longo) post.

p.s. "no Reino da Holanda ate HA tolerancia a mais..."

Anónimo disse...

Tenho dois reparos a fazer ao anónimo das 14.40, e são os seguintes:

1: Não precisava de ter pedido desculpas pela falta de acentos, porque eles não perceberiam na mesma, mesmo que lá estivessem os acentos todos.

2: Quando escreve "Primeira Republica = Anarquia; Segunda Republica = Ditadura", esquece-se de escrever "Terceira República = Roubalheira". Parece que não, mas é importante.