quinta-feira, 8 de abril de 2010

Viva e Tailândia


1) O caso da Viva Macau é verdadeiramente chocante, e merece que se diga tudo de mal da companhia de low-cost que encerrou e desapareceu dois dias depois de dizer que “tudo se ia resolver”. Um dos casos de aldrabice “à Macau”, tipo yogas e outros que tal, mas este com pessoas lá dentro. Deixar 170 trabalhadores de 28 nacionalidades sem saber o que fazer e sem meios de voltar a casa não se faz, e torna-se ainda mais grave quando a única recomendação é “dirigam-se às embaixadas e ao Governo de Macau”. Primeiro as embaixadas, essas que ficam ali para as bandas do Hotel Lisboa, como todos sabemos, e depois “o Governo e Macau que pague”, que têm dinheiro aos pontapés e já atiraram três milhões ao problema com um gabinete para resolver as crises dos outros. Já viajei algumas vezes pela Viva, e não me posso queixar, mas se fosse assim aldrabado não pedia ajuda do Governo, pois não foi ele quem me aldrabou. Carlos Morais José e José Rocha Dinis já disseram quase tudo nos seus editoriais de hoje: é um crime sem cara nem castigo, e um autêntico “caso de polícia”.

2) E ainda por falar em viagens. A tensão aumenta na Tailândia, e em agências de viagens de Hong Kong e Macau começam-se a cancelar vôos e pacotes de férias para o país dos sorrisos. Nunca percebi muito bem esta relação entre “problemas na capital” e “ir com os burros para a água”, neste caso nas águas de Pattaya, Pukhet e etcetera. Mas a Tailândia, mais do que um país real com os seus problemas, é visto aqui como uma espécie de recreio, arraial e urinol dos turistas destas bandas. Se é apenas praia que procuram, não existe nenhuma razão por optarem apenas férias na Tailândia. Às vezes chego a pensar que exista alguma conspiração obscura entre as agências de viagens e o Tourism Bureau of Thailand (ou qualquer coisa assim) que praticamente só existem pacotes para a Tailândia. Ou será apenas um caso extremo de boa publicidade? Conheço mesmo casos graves de pessoas que nunca foram a um Vietname, uma Malásia ou umas Filipinas. Mas agora adeus que já não vamos, que o perigo é iminente nas ruas da outrora mística e paradisíaca (!?) Bangkok.

6 comentários:

Anónimo disse...

É isso mesmo, na Tailândia a vida prossegue normal. Ninguém incomoda os turistas.

Anónimo disse...

Uma coisa é verdade (e espero não me vir a arrepender do que digo): a Tailândia é o único país do mundo que tem estado mergulhado numa crise política destas sem que os turistas alguma vez se tenham sentido ameaçados. É incómodo para os turistas, claro que é, mas os tailandeses têm sabido não misturar alhos com bugalhos. Para mim nem é incómodo nenhum, que nem gosto de ir para Bangkok porque acho que a Tailândia tem sítios bem melhores. Se calhar é por isso mesmo (por se sentirem mais seguras) que as pessoas preferem a Tailândia às Filipinas ou à Malásia.

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Quem como eu conhece bem este país, que já foi dos sorrisos, e não vem para cá usar estas terras como urinol e muito menos ir para Phuket ser explorado, visto por vá se praticarem dois preços, um para os naturais outros para os turistas, neste país super corrupto, onde as leis se existem não dadas a conhecer, e onde a corrupção impera, não sei a razão porque tantos turistas vem até cá.
Estou de acordo com os comentários postados.
É um pa+is com recuros naturias maravilhosos, mas existem igualmente outros locais cheios de beleza, Malasia por exemplo.
Hoje por cá continua a palhaçada, e eu dentro de momentos irei sair da capital e pasar um fim de semana num local tranquilo e belo, sem medo de tsunamis, visto ir para a zona de Sara Buri.
Um abraço amigo e óptimo fim de semana.
PS conheço a Tailandia fez 40 anos, estou abalizado a poder falar sobre este reino das bananas.

Anónimo disse...

Pelo menos na Tailândia podemos ver mulheres e beber cervejas baratas ao contrário da Malásia

Anónimo disse...

O problema politico da Tailândia so se resolvia com uma guerra civil ou com um rei de tomates. Assim mais dia menos dia e o turismo paga a factura de tanta macacada.


Com esta historia da Viva Macau, quem saiu em grande foi o Sr. Eng. Jo Curvadinho Antunes que mais uma vez apareceu nas camaras como ele gosta. Com estilo, claro.

AA

Anónimo disse...

País que esteja ainda mais a precisar de uma guerra civil do que a Tailândia, assim de repente, vejo outro, que se chama Portugal.