Um olhar sobre o NAPE

Nota prévia: todas as fotos foram tiradas no Sábado, entre as seis e as sete da manhã.

Hoje o Bairro do Oriente vai levar o leitor ao NAPE, sigla pela qual é conhecida os Novos Aterros do Porto Exterior. Em cantonês esta zona é conhecida por "vong chiu" (王朝), que é o nome do Dynasty Plaza, um dos edifícios mais conhecidos no NAPE.



O hotel-casino Wynn Resort, inaugurado em 2006. Propriedade do magnata Steve Wynn, um dos novos concessionários do jogo em Macau.


Como curiosidade, refira-se que a loja da Louis Vuitton do Wynn Macau foi o ano passado a mais lucrativa do mundo daquela multinacional francesa.


Uma imagem da Las Vegas Boulevard, no Nevada. Perdão, da Avenida 24 de Junho, em Macau.



Duas perspectivas do hotel-casino MGM, um consórcio da MGM Las Vegas e de Pansy Ho, filha do bilionário Stanley Ho.


Imponente, grandioso e foleiro. É o que se pode dizer do Arco do Triunfo, um investimento de Angela Leong, quarta mulher de Stanley Ho.


Aqui podemos encontrar a authentic macanese cuisine, com o seu sauce-pan (tacho), fry-fry skin (chau-chau pele) ou ainda o mincedy (minchi). Alright, c'mon.


Ao longo da Av. Dr. Sun Yat-Sen (mais uma vez peço deculpa pela má qualidade da fotografia derivada do mau estado do tempo e das horas madrugadores em que foram tiradas) encontramos a zona que passou a ser conhecida pelas "Docas", onde existem vários bares, restaurantes e clubes nocturnos.




O bar MP3, um dos mais conhecidos do NAPE, promete "party everynight". Pudera, com mestres de cerimónias da qualidade de uma Anna da Mongólia ou uma Katya da Bielorrússia...


Este é o bar Opiarium, que se bem me recordo foi um dos pioneiros no NAPE. Agora reinventado, era propriedade de um rapaz português cujo nome agora não me recordo. Tinha um andar superior onde se podia sentar no chão e muitas vezes contava com bandas ao vivo, e uma esplanada bastante agradável.


Ao pé do mar, temos a estátua e o centro ecuménico da deusa Kun Yam. Na altura da sua construção, ainda durante os tempos da administração portuguesa, recebeu inúmeras críticas da comunidade chinesa, ora pela sua semelhança com a "nossa" Nossa Senhora de Fátima, ora porque "devia ter ficado voltada para o mar", porque é "a protectora dos pescadores", enfim, não faltaram motivos para falar mal.


Também não faltaram motivos de sobra para falar mal deste outro dos últimos projectos da administração portuguesa: o Centro Cultural, que foi considerado "demasiado caro". O que diriam os críticos de alguns dos projectos do Governo da RAEM dos últimos dez anos?


Como este Centro de Ciência, por exemplo, onde se pode aprender imenso sobre os astronautas chineses, vulgo "taikonautas". Como se pode perceber pela imagem, é lindo e extremamente estético.




A visita não podia ficar completa sem passar por um dos locais mais aprazíveis da cidade: o Jardim Dr. Carlos D'Assumpção, localizado na Alameda com o mesmo nome. O Dr. Carlos D'Assumpção, como muita gente sabe, foi um ilustre advogado macaense e primeiro presidente da Assembleia Legislativa de Macau. Nas primeiras hora do dia, todos os dias, podemos encontrar praticantes de tai chi chuan, uma actividade física e mental de eleição da população de Macau, especialmente a mais idosa. Reparem que no jardim não falta nem um pequeno e simpático coreto. Lindo.



Para terminar, e já de regresso a casa, uma passagem pelo Jardim das Arts, onde se encontram duas estátuas de figuras históricas de Macau. Em cima temos Adé dos Santos Ferreira, outro ilustre macaense, o "pai" do patuá. Em baixo temos Camilo Pessanha, escritor e jurista que viveu (e morreu) no território nos inícios do sec. XX.


Este post foi patrocinado pelo mel Rata, o mel que cheira a...mel. Espero que tenham gostado desta pequena viagem pelo NAPE!