sábado, 19 de janeiro de 2008

Mais vale uns patins


Todos passamos por isto mais cedo ou mais tarde: um fim de semana em que o carro fica no mecânico. É inevitável. E se por acaso escolhemos - se temos a sorte de escolher - normalmente o fim de semana para a tal revisão porque durante a semana "não nos dá jeito ficar sem o carro", hoje esse argumento foi completamente por água abaixo. Pelo menos para mim.

As "voltas" que tive que dar durante o dia até se fizeram bem, ou a pé, ou de autocarro. Já ao fim da tarde, o caso mudou de figura. E que triste figura! Claro que já adivinharam: refiro-me à situação dos táxis. Ou melhor dizendo, à impossibilidade de arranjar um, principalmente a certas horas e em certas áreas da cidade.

Deixei o meu domicílio passavam poucos minutos das 17 horas. Apanhei um táxi na Praia Grande e pedi-lhe que me levasse à zona norte da cidade. Lamentava-se que devido ao trânsito caótico, eu era apenas o quarto cliente que transportava hoje, e isto foi o pouco que me deu a perceber. Demorei cerca de duas horas nos meus afazeres que me levaram ao bairro da Areia Preta. O regresso foi uma autêntica saga.

Este pobre de Cristo teve que marchar mais de um quilómetro até à Av. Horta e Costa, onde pensei ter mais facilidade em encontrar um táxi. Mesmo assim só consegui depois de vinte minutos de exasperante espera. Rádio táxi mais uma vez inútil, quer os pretos, quer os amarelos. Além disso que necessidade tem um táxi de responder a uma chamada da Av. Horta e Costa? Sabem muito bem que se estiverem lá por perto, clientes não vão faltar. E lá cheguei a casa, perto das 21 horas, com os nervos completamente esfrangalhados.

Isto dos táxis ou da falta deles até já faz parte do anedotário local. Anedotário salvo seja, pois quem se encontre nesta situação tem vontade de tudo menos de rir. Onde está a tal "qualidade de vida"? Será que é preciso colocar casinos em zonas estratégicas da cidade que sirvam toda a gente que precisa de táxi? E se o metro ligeiro, que se apresenta como panaceia para os males dos transportes, não conseguir resolver este problema? Se calhar mais vale aprender a andar de patins...

2 comentários:

Anónimo disse...

Qualidade de vida? Em Macau? Acabou em 1997, infelizmente...

Anónimo disse...

Quem for ao parque de estacionamento do Venetian encontra la', pelo menos, 60 a 70 taxis.