Luíz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco nasceu em Lisboa a 7 de Maio de 1925, no seio de uma família de classe média, de origem alentejana. Enquanto jovem, esteve envolvido amorosamente com raparigas menores, o que lhe valeu duas passagens pela prisão.
Estudou no primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, onde foi óptimo aluno, mas devido a dificuldades financeiras teve de abandonar os estudos. Nunca conseguiu manter em emprego estável, o que lhe fez passar muitas dificuldades financeiras, nomeadamente para sustentar a sua família. Luiz Pacheco casou várias vezes e teve vários filhos de oito mulheres diferentes. Considerava-se, no entanto, bissexual.
Começa a publicar a partir de 1945 diversos artigos em vários jornais e revistas, como O Globo, Bloco, Afinidades, O Volante, Diário Ilustrado, Diário Popular e Seara Nova. Em 1950, funda a editora Contraponto, onde publica escritores como Raul Leal, Vergílio Ferreira, José Cardoso Pires, Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Natália Correia, Herberto Hélder, entre outros, tendo sido amigo de muitos deles. Dedicou-se à crítica literária e cultural, tornando-se famoso (e temido) pelas suas críticas sarcásticas, irreverentes e polémicas. Denunciou a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime salazarista.
Alto, magro e escanzelado, calvo, usando óculos com lentes muito grossas devido a uma forte miopia, vestindo roupas muitas vezes andrajosas e abaixo do seu tamanho, hipersensível ao álcool, hipocondríaco sempre à beira da morte, cínico impenitente, é sem dúvida, como personagem literário, um digno herdeiro de Luís de Camões, Bocage, Gomes Leal ou Fernando Pessoa. Quase cego pelas cataratas, vivia num lar no Montijo, onde foi recentemente entrevistado sobre Mário Cesariny, aquando da morte deste último em Novembro de 2006.
Leia
aqui a entrevista ao Correio da Manhã em Abril de 2007, e
aqui "O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor", uma das suas obras literárias de referência (em três partes).
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