domingo, 26 de janeiro de 2014

Cristãos há muitos, seu palerma!


Assistia hoje de manhã à transmissão da Missa Dominical em directo da Igreja da Sé, e apesar de não ser "doente, acamado ou presidiário" (em todo o caso obrigado pela atenção), prefiro assistive pela TV à "boa palavra", que hoje ficou a cargo do Pe. Peter Stilwell, que além de sacerdote católico é ainda reitor da Universidade de S. José. A certa altura o reverendíssimo Pe. Stilwell recorda-nos dos irmãos cristãos, que um pouco por esse mundo fora, são perseguidos "pelo facto de serem cristãos; sejam eles católicos, protestantes ou ortodoxos".

Ora aqui está algo interessante. Escutando estas últimas palavras do Pe. Stillwell, lembro-me dos meus colegas e outros conhecidos chineses, que pensam que "católico" e "cristão" são coisas completamente distintas, que os católicos "não são cristãos", e entendem por "cristãos" as confissões protestantes: as baptistas, adventistas, calvinistas, qualquer-coisistas que inventaram para ganhar umas massas à pala dos crentes e sem estarem debaixo da asa açambarcadora do Vaticano. Penso que este equívoco terá a ver com a tradução para chinês destas confissões.

Por vezes tento explicar-lhes que "cristianismo" é apenas a filosofia baseada nos ensinamentos de Cristo (uma relação que nem sempre fasem), e dessa raíz, o cristianismo, derivaram as três religiões principais (católica, protestante e ortodoxa), e dessas muitas outras - mas sem dúvida que são os protestantes que mais usam e abusam das palavras "cristão", "Cristo" ou "Deus". Dizer-se que se é "cristão", é ambíguo, a não ser que se queira dizer que apesar de seguir a filosofia de Cristo, não se identifica com qualquer religião - e isso seria bestial. Nada de errado em ser cristão.

Entre as reações que obtenho quando anuncio esta novidade variam entre a indiferença, dos que acham que "isso é muito complicado", e portanto convivem bem com a sua ignorância, e aqueles que não ficam lá muito convencidos, e pensam que os estou aldrabar. Reacção semlelhante têm as indonésias quando lhes tentamos fazer ver que o Deus que adoram é o mesmo Deus dos cristãos, ou seja, aquele inventado pelo patriarca Abrãao. Algumas até consideram isto um insulto! Mas é típico dos crentes; se soubessem mais sobre a religião que dizem seguir, eram capazes de mudar de ideias. E não é isso que as religiões querem, está visto.

1 comentário:

João Pinhel disse...

Rezar não existe no Cristianismo (leia-se Manual do Cristianismo "A Bíblia") mas existe no Catolicismo Apostólico-Romano. Terço não existe no Cristianismo (leia-se Manual do Cristianismo "A Bíblia") mas existe no Catolicismo Apostólico-Romano. O Celibato, não existe no Cristianismo (leia-se Manual do Cristianismo "A Bíblia") mas existe no Catolicismo Apostólico-Romano.Até a palavra Missa, que na Biblia significa "Missão Cumprida" e era dita no fim das reuniões dos apostolos (et missa est", foi reinventada pelos Católicos Apostólicos Romanos. E inventaram uma data de coisas, como os Livros Apócrifos, inventaram Fátimas, Idolatram Estátuas, etc.,etc.,etc. Meu caro, os Católicos são tudo o que quiser, mas uma coisa eu lhe garanto, não são Cristãos, nem pela Teoria (Não idolatrarás estátuas) nem pela Prática (ide e pregai o Evangelho a toda a Criatura). Evangelho=BIBLIA !! Espero ter esclarecido a confusão não assertiva que vai na sau cabeça.