quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A tristeza do vombate


Saiam da frente "hush puppies", chegou o vombate, o animal com o ar mais tristonho do mundo. Comparado com a expressão deprimida deste marsupial australiano, parente do canguru, os olhos chorões do tamanho de travessas dos cachorrinhos orelhudos são o sorriso de uma criança. O vombate é um animal lento, sossegado, que dorme habitualmente 16 horas por dia e tem hábitos nocturnos. É basicamente vegetarianos, alimenta-se de bagas, gramíneas, musgo e líquens, e parece estar a querer dizer com aquele ar angustiado: "epá o que foi? não me chateiem, ok?". E o melhor mesmo é não chatear, pois o vombate tem um outro lado. É determinado na hora de defender a sua toca, e na defesa dos predadores é dotado de garras tão fortes que conseguem esmagar o crâneo de um demónio da Tasmânia, um dos seus maiores inimigos. A sua dentada é tão forte que consegue perfurar uma bota de cabedal e afincar a sua dentuça na pele de algum humano que queira juntar a sua cabeça a alguma colecção de troféus. O vombate adulto consegue atingir os 40 kg de peso, e correr a uma velocidade de 40 km/h. Pois é, com aquele aspecto e nada de interessante que o redima, o melhor é mesmo deixá-lo em paz, coitado.

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