Isto, e não é pouco. Não é por eu ter vivido no Montijo desde que nasci até que me mudei de vez para Macau que isto me causa cócegas de alguma espécie, mas onde, Deus meu, onde, é suposto isto ser engraçado, quanto mais "humor" ou "comédia"? Quem não é do Montijo nem de Alcochete não vai entender a tentativa de piada, pois não se identifica com o objecto, e quem é destas duas localidades vizinhas do distrito de Setúbal vai ficar horrorizado - isto é tudo um disparate pegado. O humorista revela um lado parvo, que é o de pensar que golpes desta baixeza vão estimular alguma costela e fazer alguém rir. Não, não e não. Isto é só chavascal do mais grosseiro. E por falar nisso, o que é aquilo ali em baixo? António Raminhos? O nome não me é estranho...
Ahhh, o Tom Green português, pois é. Quem conhece o Tom Green, sabe que as semelhanças entre estes dois vão muito para além da aparência física, nomeadamente a cara de idiota. Pode-se dizer se há algo que não têm em comum, é a Drew Barrymore. Paciência, Raminhos. Mas o que é que este está para aqui a chiar, afinal?
Ai, ai, a linguagem. Mas antes fosse só esse o mal, pois todo o resto que se segue faz "Fodasssss" parecer a introdução aos Lusíadas. Eu vivi no Montijo, e quem lá vive ou em Alcochete sabe que aquilo que ali está é uma parvoíce sem sentido. Até parece que foi retirada de algum "Manual de chalaças e regionalismos por localidade de Portugal". Os jogos do Montijo com o Alcochetense "acabam sempre à chapada"? Talvez tivessem acabado assim uma vez ou outra - nos anos 60 do século passado! E que para quem não conhece os dois concelhos, vai rir com coisas do tipo "os ciganos ao pé do Modelo"? Mas está tudo maluco no mau sentido do termo ou quê? Mas voltemos ao outro, ao Zé Pereira, ou lá como se chama o raio do moço que tem bom corpinho para trabalhar mas não lhe apetece. E olhem que é ele que o diz:
Digam lá o que disserem, isto parece o título de um filme porno. Como aquele dos anos 80, "Como fazer amor com um negro sem se cansar"? Esta deve ser a segunda parte. Aqui entra o apelo do Carlos Pereira ser "o único comediante preto em Portugal". Isso seria o máximo, tenho a certeza, não fosse pelo lamentável facto do humor do rapaz não ter nada de étnico. Tem muito de parvo, isso sim, e pelos vistos a única diferença entre este e o Rui Sinel de Cordes é o tom da pele. Isto prova que a burrice não escolhe cor.
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