Não sei se estão familiarizados com a personagem do Jean Carreira, um "boneco" criado pelo cantumorista (neologismo inventado agora mesmo) Vasco Duarte, o "Falâncio" dos Homens da Luta (incrível como o tipo é um autêntico camaleão), durante uma rábula no programa "Sábado à (ou "há"?) luta", decorria o ano de 2013. Vasco encarnou na perfeição a personagem de Jean, um jovem luso-luxemburguês que se dizia "o filho perdido" do cantor Tony Carreira, porque "sentiu-se um Carreira". Chiça. A brincadeira enganou os mais distraídos, que julgaram ter-se tratado de um caso extra-conjugal (neste caso pré-conjugal) que o cantor teria levado a cabo durante o tempo em que esteve efectivamente emigrado no Luxemburgo. Eu confesso: não ia achar muita piada à brincadeira, especialmente atendendo à vida complicada que o cantor e a família tiveram antes do chefe do clã ter atingido o estrelato, mas para surpresa de muitos...
...Tony Carreira "tolerou" a caricatura, que de tão bem feita, valeu ao imitador um disco de ouro pelo seu álbum de originais, inteiramente composto por temas debruçados sobre a temática do "filho perdido (!). A lata destes gajos, realmente. E coitado do Tony Carreira, que a certo ponto parece nem saber se deve continuar "na desportiva", ou dar um murro na mesa e "alto e pára o baile". É preciso ter mesmo estômago, e só por isso, o tipo sobe na minha consideração.
Mas isto foi em 2013/2014, as modas passam, e quando já poucos se recordavam do fenómeno, eis que "morre" o Jean Carreira. Que tétrico. A piada aqui, menos conseguida, passava por incluir a "morte" deste personagem no rol de celebridades que desapareceram em 2016, casos de "David Bowie, Prince, Leonard Cohen e George Michael", conforme constou da página do Facebook de Vasco Duarte há cerca de um mês. Segundo a mesma, Jean "morreu ao salvar um cachorrinho na auto-estrada". A primeira parte teve piada por uns bons cinco ou dez minutos. O epílogo nem por isso.
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