Uma notícia que só lendo, já doi. Ajay Deora, um homem de 29 anos da cidade de Banswara, no Estado Indiano do Rajistão, não consegue afirmar com toda a certeza se é uma sorte estar vivo. Ajay vinha a voltar de casa de um amigo onde tinha bebido umas cervejas, e a caminho de casa sentiu necessidade de "mudar a água às azeitonas", e para o efeito escolheu um prédio ainda em construção, onde ninguém olhasse para o seu "atrevimento". Acontece que além do efeito diurético, a cerveja interfere com a noção de verticalidade, e o nosso pobre Ajay caíu de um dos andares da obra, de uma altura de seis metros.
- Morreu?
- Não.
- Então teve sorte...
- Nem por isso.
- Um braço partido, então. Podia ser pior.
Foi muito pior, e digamos que pior do que isso só mesmo a morte, e acredito que há quem tenha dúvidas se lhe dessem a escolher entre uma coisa e a outra. O nosso personagem caíu em cima de uma barra de metal com 60 centímetros de cumprimentos, e de todos os sítios, foi o rabiosque que fez de trem de aterragem. Correcção: rabiosque têm os bebés, pois o tipo teve a pontaria suficiente para que a barra lhe entrasse pelo rêgo dentro e lhe ficasse atravessada quase até ao pescoço - sim, e isto não é exagero, posso garantir.
Shah Kohli, de 30 anos, um transeunte que ia passar ali perto com a namorada, diz ter ouvido "um grito, como que de um animal selvagem em grande pranto". Foi ver do que se tratava (corajoso, parece aqueles adolescentes dos filmes de terror) e encontrou a "vítima" impalada, com uma poça de sangue à volta. A namorada olhou para ele com um ar solidário - dói tanto nos homens como nas mulheres, lógico, mas nós temos aquilo que se chama "dignidade masculina", que faz toda a diferença.
Levado para o hospital, onde lhe disseram que devia ter passado primeiro pela serralharia mecânica, retiraram-lhe a parte da barra de metal que ficou de fora, e a seguir fizeram-lhe um raio-x - nem entendo porquê, se era mais do que evidente o que iam encontrar. Depois da (delicada) operação a que foi submetido, o médico que remendou o pobre moço disse que ele "vai demorar até voltar a andar, urinar e defecar normalmente). Pois, dá para entender porquê, mas pelo menos está vivo, e só por isso devia ficar agradecido. Ou não?
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