Dizem que "quando não há notícias, é boa notícia" mas esse não é o caso do vôo MH-370 do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines que fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim, e que se encontra desaperecido deste as quatro da manhã deste Sábado. É apenas isto que se sabe, o que é manifestamente pouco, mas o suficiente para se prever o pior: um avião não "desaparece" no ar da mesma forma que uma criança se perde numa multidão. No entanto não existe qualquer confirmação oficial do que aconteceu ao avião da companhia malaia, e a notícia de que se terá despenhado junto da costa do Vietname foi desmentida como categórica - apesar de ter sido ali que se perdeu a comunicação com a cabine. Informações mais recentes dão conta que peritos daquele país que investigam o desaparecimento do vôo encontraram vestígios de óleo perto do local onde supostamente se perdeu o contacto. O Boeing, que era considerado "seguro" e dirigido por um dos mais experientes pilotos da companhia de bandeira da Malásia, levava a bordo 239 pessoas - 227 passageiros e 12 tripulantes. Entre os passageiros estavam cidadãos de 14 nacionalidades, a grande maioria deles, 152, de nacionalidade chinesa. Familiares e amigos das vítimas aguardam com angústia em Pequim, e as autoridades da capital chinesa já providenciaram alojamento a quem tenha vindo de fora, pelo menos até haverem notícias. Um momento dramático, aquele em que sabemos que o vôo que transporta alguém que nos é próximo ou querido já não vai chegar. É nestas alturas que lamento não ser uma pessoa de fé, pois o pragmatismo e o realismo levam-me a crer que os 239 seres humanos que iam a bordo deste avião já não se encontram entre nós, entrando para os números de mais uma tragédia da história da aviação civil, onde mesmo assim o registo indica que se trata de uma das formas mais seguras de viajar. E o meu maior desejo é que esteja estupidamente enganado, podem crer.
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