terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Facebook faz 10 anos


O Facebook comemora hoje o seu 10º aniversário, uma data redonda que dá lugar a que se faça um balanço. Foi no dia 4 de Fevereiro de 2004 que Mark Zuckerberg, um estudante da Univ. de Harvard de apenas 19 anos, criou uma rede para se manter em contacto com colegas, amigos e familiares, e como forma de partilhar mais facilmente notícias, fotografias e outra informação. Em 2006 já tinha milhares de utilizadores, e ficava ao alcançe de qualquer utilizador da Worldwide Web. Em 2008 ultrapassava a MySpace como rede social com mais utilizadores, e actualmente tem 1200 milhões de perfis registados. Em 2012 a Facebook Inc., companhia entretanto criada por Zuckerberg para preservar os direitos de autor da sua criação, é cotada no índice NASDAQ da bolsa nova-iorquina, e o rapaz que tinha 19 anos neste dia em 2004, é agora bilionário, ainda antes dos 30.

Ninguém pode duvidar de que o Facebook mudou as nossas vidas, e revolucionou a forma como as pessoas se contactam. Do muito que tem de positivo, o mais importante foi ter aproximado as pessoas, encurtando as distâncias. Falando da minha experiência pessoal, retomei contacto com pessoas de que não tinha notícias há anos, conheci outras novas, fiquei a saber mais sobre os outros e deixei saber mais sobre mim próprio. E tudo à distância de um clique. Claro que existe o lado mau, e estranho seria se não existisse. É preciso não esquecer que o Facebook é feito por pessoas, e "com pessoas dentro". Basta usar o senso comum e não fazer no virtual o que nunca fariamos no real. Mesmo neste aspecto o que parece ser um ponto negativo do Facebook pode ser encarado com uma mais-valia. A forma como reagimos às "armadilhas" deixam-nos saber mais da nossa personalidade, e saber quais algumas das nossas limitações. É preciso não esquecer que se trata afinal de uma rede SOCIAL. It's social, people! So-ci-al!

Há quem tenha aderido a mais redes sociais, e que as prefira ao Facebook - que ema alguns casos não passam de "copycats" com origens e intenções pouco claras - mas para mim o Facebook é a única opção, porque é sinónimo de liberdade. Reparem nos países onde o Facebook está proibido: China, Síria e Tajiquistão. Ou noutros onde já esteve bloqueado ou existe uma agenda nesse sentido: Bangladesh, Paquistão, Egipto, Marrocos, Mauritânia. Tudo regimes obcecados pelo controle, por saber tudo o que as pessoas fazem, dizem e pensam, em silenciar as vozes dissonantes, e aniquilar o direito ao contraditório. São desconfiados e têm macaquinhos no sotão, e como alternativa oferecem versões locais que tem a capacidade de controlar, quais cães de fila, e se for necessário lêem nas entrelinhas e fazem segundas leituras do que possam considerar "perigoso" para os interesses que os servem.

como aquelas pessoas muito reservadas, que confundem privacidade com secretismo conspirador. As mesmas pessoas que não se querem dar a conhecer nas redes sociais, que não "aceitam pedidos de pessoas que não conhecem ou conhecem mal", são as mesmas que depois divulgam informação sensível por julgarem que estão "seguros", e que depois acabam por se comprometer. A mim não me interessa saber, nem dos meus amigos mais íntimos ou família mais próxima, onde estão a almoçar e com quem, se dormiram bem, se lhes doi a cabeça ou se estão com diarreia. Quer dizer, dêm-se a conhecer, contribuam para o conceito de aldeia global, de "world without strangers", mas usem o bom senso, e pensem sempre duas vezes antes de fazer disparates. Quer dizer, nem era preciso estar aqui a lembrar isto, pois acho que não estou a ser lido por crianças de seis anos.

E assim já se passaram dez anos, vejam bem. Muitos de nós já nem se lembra de como era o mundo antes do Facebook. Os nossos filhos, pelo menos os que tem 12 anos ou menos, devem ficar a questionar-se como é que vivíamos antes do grande Zuckerberg ter feito luz onde antes só existiam trevas. Hoje em dia ter uma conta no Facebook é mais ou menos o mesmo que era ter telefone há vinte anos, televisão há 30, ou rádio há 50 ou mais anos. Acredito que este media veio para ficar, e vai evoluir, claro, como tudo evolui, mas seja em que formato ou que plataforma for, vaio para ficar. E hoje está de parabéns, faz 10 anos. Que conte muitos mais.

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