Um homem em Itália preservou a sua mãe congelada numa arca refrigeradora depois desta ter falecido, de modo a poder continuar a receber a sua pensão vitalícia. Maria Musitano, de 94 anos, da pequena cidade de Delianueva, faleceu há mais de um ano, mas o seu filho Igino, de 51, achou que o cheque de 1500 euros mensais que a mãe recebia davam muito jeito, e por isso enfiou a idosa no congelador e recusou-se a declarar o óbito. Eu até o compreendo, coitado. Quer dizer, entre receber milena e meia de euros e não receber nada, acarretar com as despesas do enterro e tratar daquela papelada toda, quem é que não pensava duas vezes? O problema é que o coitado do Igino era um mau mentiroso, e não tinha o equipamento para levar a cabo o esquema. Quando os residentes de Delianouva lhe perguntavam pela mãezinha, que já não viam há algum tempo, mudava de assunto e ia embora, quando podia muito bem inventar uma desculpa qualquer. Qual? Sei lá..."a minha mãe está acamada e tetraplégica, vítima de uma doença muito rara e tão contagiosa que não permite que se aproximem dela num raio de 50 metros, mas que apesar disso os médicos garantem que pode viver até aos 120 ou 130 anos". E que tal? Mas para piorar as coisas, o congelador onde Igino guardou a progenitora devia ser um daqueles com duas estrelas ou menos, e começou a sair um cheiro da casa dos Musitano que levou os vizinhos a desconfiar. Vizinhos inteligentes estes: "Olha lá...faz mais de um ano que não vemos a Maria Musitano, e tem persistido este cheiro a cadáver vindo da janela...se calhar é melhor chamar a polícia, pelo sim, pelo não". A crise tem levado a que este tipo de casos desesperados sejam frequentes. Em finais de Janeiro descobriu-se que uma mulher de Borgomanero, Piamonte, manteve a mãe no congelador durante quatro anos, pois estando desempregada, sobrevivia com a sua pensão. Em tempos de vacas magras, o melhor mesmo é congelá-las.
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