sábado, 1 de maio de 2010

1º de Maio violento


Macau voltou a assistir a confrontos violentos durante as manifestações do 1 de Maio, três anos depois da manifestação mais violenta da história da RAEM. Desta vez não se dispararam tiros para o ar, mas gerou-se uma enorme confusão quando a maior parte das associações que organizaram este protesto decidiu avançar pela Av. Almirante Lacerda em direcção ao Patane, ignorando as ordens das autoridades para que seguissem pela Av. Coronel Mesquita. Já na Rua da Ribeira do Patane alguns manifestantes tentaram quebrar o cordão policial, chegando mesmo a agredir os agentes com bandeiras da China (!), cartazes e outros objectos, tudo isto ao som da Marcha dos Voluntários - pelo menos. A polícia retaliou com canhões de água e gás pimenta. Regitaram-se oito ferido, incluindo a fotojornalista portuguesa Carmo Correia, que fazia reportagem no local e foi atingida por um jacto de água. Pode ver a reportagem alargada da TDM aqui. Noutro apontamento curioso, os "manifestantes do Facebook" saíram mesmo à rua, eram mais de 200 jovens residentes (que gracinha...) que gritaram palavras de ordem contra as políticas de habitação e emprego do Governo. Uma iniciativa no mínimo orginal.

12 comentários:

Anónimo disse...

Tal como Jesus expulsou os vendilhões do Templo a polícia expulsou os vendilhões de ilusões. demagogos que nem razão têm para protestar. Foi pena os feridos, mas a polícia não podia perder a autoridade. Alguém sabe o que os manifestantes exigiam? Alguém sabe porque é que as verdadeiras associações de trabalhadores não estiveram no desacato? Só não aplaudo porque houve violência gratuita que apanhou quem se meteu na confusão.

Anónimo disse...

Foi pena os feridos? A jornalista sim, que andava a fazer o seu trabalho. Quanto aos arruaceiros, só foi pena as que caíram ao lado.

Anónimo disse...

O que mais me irrita aqui em Portugal,é que raramente há noticias de Macau mas quando há,é sempre para falar mal de Macau.

Anónimo disse...

Porrada à moda antiga tipo motim do Dezembro de 1966 e mais uma vez foi aquela malta arruaceira de Guangdong.
Vamos ver quais são as consequências deste de 1 Maio.

AA

Anónimo disse...

O Leocardo e alguns comentadores criticam, reprovam e até gozam com o que fazem estes manifestantes. Mas depois esfregam as mãozinhas de contentes quando é para receber as pataquitas que o Governo distribui todos os anos, esquecendo-se por completo que esta medida foi exactamente derivada da enorme pressão que estes mesmos manifestantes colocaram no Executivo anterior.

Cambada de hipócritas.

Anónimo disse...

Anónimo das 7:11, o Leocardo já tinha falado desse aspecto num post anterior. Mas acho que o que ele critica é a violência nas manifestações e não a sua existência em si.

Aliás acho que muita gente de Macau adora-as, pois é uma forma de pressionar o Governo, sem ter de se envolver ou saír de casa (o que dá sempre jeito).

Leocardo disse...

Eu não critico os manifestantes mais do que critico a acção das autoridades, por exemplo.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Lembro que a principal reivindicação destes senhores é correr com os trabalhadores estrangeiros.
Quem se manifesta por tal objectivo decerto não contará com a mesma tolerância de uma sociedade democrática.

Anónimo disse...

Ainda por cima sendo também eles, na sua grande maioria, imigrantes.

Anónimo disse...

Desta vez os manifestantes portaram-se bem pior do que há 3 anos, e não tivemos tiros para o ar. Porque será?

Anónimo disse...

O que revolta é que estes mesmos manifestantes são aqueles que são anti-mão de obra estrangeira (incluindo os manos dos confins da Mainland) e os primeiros a exaltar o hino da RP China para quando lhes convém. Gostava de os ver a gritar estas barbaridades aqui ao lado em Cantão. Era o bem e o bonito, iam corridos a balas de tanques em vez de jactos de água.

AA

Anónimo disse...

Porque é que andam com a bandeira da China em punho no 1 de Maio, e não com a de Macau? São muito patriotas? A polícia também devia ter sido tão patriota como eles, batendo a sério, como fariam na China.

Não passam de uma quadrilha de agitadores, muitos deles oriundos da "mainland" e que querem ver os trabalhadores não-residentes fora de Macau, quando se calhar eles é que não deviam ter BIR. Estavam a manifestar-se a favor de que direitos em concreto, afinal? Alguém percebeu? São tão trogloditas que até as associações de maior peso como os "kai fong", a AGOM e a ATTFPM preferiram desmarcar-se, não perdendo a oportunidade, essas sim, de reivindicar algo justo como o ordenado mínimo, mas sem ir para a rua misturar-se com estes idiotas.