"Public Enemies", de Michael Mann (
Manhunter,
Collateral,
Miami Vice) é um dos filmes do ano. O filme conta, em pouco mais de duas horas, a história de um herói americano. Só que este era um herói especial: assaltar bancos era a sua profissão. O seu nome era John Dillinger, e acabamos por simpatizar mais com ele do que com os personagens que o perseguem e capturam como criminoso. Dillinger é capturado e foge da prisão juntamente com Baby Face Nelson e Pretty Boy Floyd, em 1933, durante a Grande Depressão. Depois da fuga, Dillinger e os seus comparsas iniciam uma onda de crimes em Chicago, e o FBI (na altura apenas conhecido como
Bureau of Investigation) põe um dos seus melhores homens no seu encalce, Melvin Purvis. Pervis recruta cowboys do Arizona a rangers do Texas para acapturar Dillinger e seus homens, habituados que estão a tiroteios. Segue-se um autântico jogo do gato e do rato, até que Dillinger é obrigado a deixar Chicago para nunca mais voltar. Rico e livre, Dillinger poderia ter muito bem ficado a gozar os frutos dos seus roubos numa qualquer ilha paradisíaca, mas é o seu amor por Billie Frechette que o faz regressar a Chicago, onde não é mesmo nada bem vindo. Dillinger, um amante da sétima arte, é finalmente apanhado, como todo o mundo sabe, à saída do cinema. O filme conta com as interpretações de Johnny Depp no papel de Dillinger, Christian Bale no papel de Pervis e Marion Cottilard no papel de Frechette. Johnny Depp, 46 anos, intepreta Dillinger (que morreu aos 31) com uma classe e uma graça própria dos predestinados. Só uma hecatombe privará Depp do óscar de melhor actor na próxima edição dos prémios da Academia. Um filme que recomendo.
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