sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Steve Wynn loves Macau


A ideia de que Steve Wynn é um gajo bestial que trata os seus empregados como se fossem “família” tem-me feito um bocado de confusão. É verdade que a Wynn Macau tem sido uma mina de ouro para o grupo de Las Vegas, mas também não é menos verdade que, além dos 40% que pagam à Administração local, têm mandado muito do lucro para tapar os buracos na capital do Nevada, em vez de o investir localmente. É verdade que Steve Wynn se tem desfeito em elogios ao Governo de Macau, chegando ao ponto de dizer que a população está contente com quem os governa (“satisfeita” ou “resignada” é uma coisa, “contente” é outra), e que ataque a administração Obama. Parece tudo mais um choro de apelo ou algum tipo de raiva contida do que outra coisa. A razão porque a Wynn Macau tem tido os bons resultados que tem, é graças a uma gestão responsável, experiente, cautelosa, e sem a arrogância do compatriota Adelson, a quem Macau tem dado muitas dores de cabeça. Pode ser que a Wynn não tenha despedido durante a recente recessão, nem reduzido horas e vencimentos, nem obrigado os trabalhadores a tirar férias. Mas daí a tratá-los como se fossem “família”, vai uma enorme distância.

2 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de tudo, uma coisa parece certa: a Wynn mostrou, em tempos de crise, que a obrigação de despedir e reduzir salários não passa muitas vezes de desculpa de mau pagador, ao contrário do que nos tenta convencer Cheché Adelson.

Anónimo disse...

Aqui neste Bairro do Oriente há muita ignorancia sobre o que se passa na industria do jogo. O Steve Wynn so fala bem de Macau porque lhe dá jeito, visto arrecadar mais dos lucros totais que obteve precisamente em Macau. Steve Wynn é um autentico vira-casacas. Não se lembram quando o gajo criticou o Governo, quando veio para cá? Como a memória dos homens é curta, ora bolas! Quanto aquela tirada de ser amigo dos empregados, investiguem a fundo a discriminação (ou perseguição) que existe na Wynn Resorts nos vários serviços onde são empregues residentes permanentes. Irra, já chega de ignorancia!