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Os blogues dos outros
Ouvi com atenção a entrevista que Gabriel, Tong Io Cheng, deputado nomeado, concedeu hoje à Rádio Macau e devo confessar que a primeira impressão não é muito favorável. Invariavelmente, a cada pergunta que lhe era colocada, Tong Io Cheng respondia que era necessário pensar, que iria pensar, que ainda não tinha pensado no assunto. Democratização do sistema político? É necessário pensar com calma. Recrutamento de mais juízes a Portugal? É preciso pensar quando o problema se colocar (e eu que pensava que já estava aí há um tempão....). Evolução no sentido de maior utilização da língua chinesa a nível do sistema jurídico? Temos de pensar se será útil. Ouvindo o deputado, a ideia que fica é que Tong Io Cheng estava a ter mais cuidado do que aquele que é recomendável a um elefante numa loja de porcelana. Mas este comportamento não nada é de bom augúrio. Com tanta cautela, o sr. deputado corre o risco de passar o mandato a pensar. Depois, se os outros lhe seguem o exemplo, ficaremos com uma Assembleia de estátuas de Rodin. A tentação, depois de ouvir algumas intervenções tão infelizes com que temos sido contemplados, é pensar (aí vem o terrível verbo outra vez!) que até era melhor. Mas não pode ser. Penso eu....Pedro Coimbra, Devaneios a OrienteO Festival da Lusofonia que irá decorrer de 23 a 25 deste mês, volta este ano ao formato anterior de apenas um fim de semana, após o sucesso do modelo adoptado no ano passado,o que não deixa de causar alguma estranheza. O IACM escudou-se na falta de orçamento, para a redução dos dias do evento. Com tanta jantarada por altura dos 60 anos da República Popular da China e do 10º aniversário da RAEM, obviamente que iriam sempre cortar em algum lado. Irão actuar bandas como os Quinta do Bill ou Mercado Negro mas o ponto alto são sempre as barraquinhas com os comes e bebes que me encheram as medinas no ano passado.El Comandante, Hotel MacauParece que foi adiada para amanhã a votação da lei sobre a contratação de trabalhadores não-residentes desta terra bonita, mas totalmente descaracterizada e à beira da perda total de identidade que a diferencia(va) de uma qualquer cidade da província de Cantão. Fui emigrante em alguns países. Aqui, estou só de passagem mas isso não me impede de ter uma visão sobre as atrocidades que um grupo de legisladores iluminados tenta impor a pessoas de trabalho. Bem, não serão todos. Há mandriões e mandrionas. Tenho para comigo que, na sua maioria, chineses, filipinos, malaios, indonésios, nepaleses, fazem pela vida e tentam dar o melhor para serem recompensados no final de cada mês com um soldo cuja maior parte enviam para as suas famílias. Todos eles têm uma coisa em comum comigo e com quase todos aqueles com quem me dou: nasceram noutras paragens mas, acasos da vida, trouxeram-nos para este pequeno laboratório social que é a pomposa RAEM. A maior parte, se não 99,9% dos que vão votar a lei, apesar de até poderem ter nascido aqui, são descendentes de migrantes. De Fujian, Portugal, China, Malásia, Tailândia. Gostava de saber, em consciência (terão?), se alguma vez se puseram na pele dos que agora vêem os seus direitos (terão?) em risco e a sua situação à mercê de novos ricos que só pensam em enriquecer à custa de seres humanos como eles. A resposta é, quase de certeza, negativa. A única diferença entre os povos que citei arriba e nós, e aqueles que vão votar a lei, é que tiveram o azar de nascer de uma mãe e de um pai diferentes dos nossos e daqueles que vão votar a lei, e a quem dão quase automaticamente a residência, e em países que, infelizmente, contam pouco para o campeonato da Pataca. Aqui há dias tive oportunidade de ler, como quem lê um romance, a Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau. Pelo menos no papel vigora o princípio da igualdade entre residentes e não-residentes. Perdoem-me a ignorância, mas não me venham com a história da discriminação positiva e negativa que o princípio encerra. Daqui desta pequena xafarica, ingenuamente pensando que algum dos senhores deputados tem tempo - o que duvido e compreendo, porquanto têm muito afazeres - para ler estas linhas, reflictam sobre as famílias que emigraram todas para esta terra e que já nem laços têm nos locais que os virão nascer ou onde nasceram os vossos antepassados. O que aconteceria se alguém dissesse aos que vos trouxeram ao Mundo, há uns anos atrás, que tinham de ir embora e voltar seis meses depois? Pensaram? Pois, talvez não houvesse deputados para votar.Quilmes, MACA(U)quicesA notícia não é de hoje mas para mim ainda é nova. Mao Xinyu, neto de Mao Zedong, foi nomeado general tornando-se o general mais jovem do Exército. O neto do Grande Timoneiro ainda conheceu o avô. Mao Zedong morreu em Setembro de 1976, teria Mao Xinyu seis anos. Com um blogue pessoal que se pode visitar aqui, Mao Xinyu tem os seus escritos alojados na página do "Diário do povo" e foi escolhido como o melhor blogue de 2009 alojado no jornal. Ora, ora... nada como vir de boas famílias.Maria João Belchior, China em ReportagemCom a sua costumeira habilidade política, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma colagem expressa às posições e táctica de Manuela Ferreira Leite. Ele é, também ,um dos derrotados tácticos da noite eleitoral. Inspirando-se em Sá Carneiro, MRS é dificilmente Sá Carneiro. Equalizando-o em sentido táctico, falta-se a visão estratégica, o carisma e a paixão política do antigo fundador do PPD. É um político que motiva simpatia mas não inspira paixão. Sente-se que há algo de falho ou inconsistente da sua parte; por outras palavras, não mobiliza as multidões. E este seu baloiçar em querer ser a consciência do poder e a encarnação do poder levá-lo-á ao triste resultado de Mário Soares, na sua terceira candidatura à Presidência da República. Costumando dizer (ouvi-o várias vezes da sua boca) que não se deve voltar a fazer em política o que se fez uma vez relativamente bem - contradi-lo com esta sua atitude. O encanto que me merece como académico e Mestre, não obnubila a falta de oportunidade política e pessoal deste seu posicionamento. Por outro lado, não tendo-se MFL demitido ou ver-lhe retirada a confiança política num congresso expressamento convocado para o efeito, isto soa a traição à líder. Arnaldo Gonçalves, Exílio de AndarilhoCom as eleições autárquicas poderá ter acabado um ciclo político que, em muitos aspectos, teve muitas semelhanças com a revolução cultural chinesa. As semelhanças terão muito que ver com os tiques de intolerância típicos da extrema-esquerda que, com a adesão de uma direita oportunista, criou um ambiente de intolerância. Os que no passado sanearam a torto e a direito queixaram-se de asfixia democrática, a extrema-esquerda elegeu Manuela Moura Guedes como uma heroína da liberdade, a maioria absoluta tornou-se um argumento para promover uma vaga de falsa luta pela liberdade. Professor que concordasse com ministra da Educação era marginalizado, qualquer cidadão que afirmasse a sua intenção de votar Sócrates era achincalhado. Tive que eliminar muitas centenas de comentários que ofendiam só porque manifestei as minhas intenções de voto. Se votasse CDS ou PCP, pouco importariam as diferenças, era aceitável, mas votar PS dava direito a ofender. Alguns grupos corporativos, que sempre se preocuparam mais com os seus interesses que, em regra, é trabalhar menos e ganhar mais, juntaram-se à orgia e valeu de tudo, falsas manifestações espontâneas, esperas a membros de um governo eleito pelos portugueses, processos judicias manipulados em função de calendários eleitorais, nem os assessores de Cavaco Silva resistiram à tentação de se juntarem a esta orgia colectiva. Mas tiveram azar, apesar de tudo o que fizeram e de serem ajudados por uma combinação rara de acontecimentos adversos, desde a crise petrolífera à crise financeira, foram derrotados nas eleições legislativas, alguns conseguiram um aumento temporal dos votos, o PSD teve uma votação miserável, o PCP foi promovido à categoria de mais pequeno partido. A extrema-esquerda pode ter crescido, mas acabou por dar mais votos ao CDS, que designam por extrema-direita, do que os votos que conseguiram. Em nome de uma suposta arrogância resultante de uma maioria absoluta uma minoria apoiada pela burguesia estatal promoveu uma vaga de repressão cultural e de intolerância, tentando condicionar o voto dos portugueses. Até exibiram muitos supostos arrependidos de terem votado PS. Mas perderam, mais de 36% dos portugueses votaram PS e a maioria esmagadora votaram em partidos cujos dirigentes não sonham com ditaduras. Cantaram vitória porque o PS não teve a maioria absoluta, mas é uma vitória que a prazo lhes sai cara, agora perderam o seu único argumento político.Jumento, O Jumento- Não deve ser verdade que os frades Franciscanos são obrigados a voto de pobreza.
- Não deve ser verdade que o frei Vítor Melícias declarou ao Tribunal Constitucional um rendimento anual de pensões no valor de 104.301 euros.
- Não deve ser verdade que o frei Vítor Melícias tem uma pensão mensal de 7.450 euros.
- Não deve ser verdade que o frei Vítor Melícias tinha um BMW topo de gama.
- Não deve ser verdade que o frei Vítor Melícias tem um Ferrari. João Severino, Pau Para Toda a ObraO prémio atribuído a Barack Obama é apenas mais uma manifestação na longa série de anormalidades idiotas de bajulice de gente ilustre que se pensa poderem dar uma ajuda para acabar com o capitalismo as-we-know-it. Não é que Obama seja anti-capitalista – mesmo que o desejasse, não poderia dar-se a esse luxo – mas tirou os republicanos do poder. Foi o no-Bush, o que por si só, valeu-lhe mais do que mil canções de intervenção. A esquerda viu-o como uma fonte de redenção do socialismo internacional e a chegada ao poder na América transformou-o no novo ícone dos deserdados do muro, angustiados com o rumo do mundo. O Comité Nobel Norueguês, de tempos a tempos, dá-nos um motivo de gargalhada e esta foi das grandes, a par das proporcionadas pelos prémios de Al Gore, Ramos Horta, Yasser Arafat ou da já longínqua dupla Kissinger/Lê Ðức Thọ.João Caetano Dias, BlasfémiasTemos Obama Nobelitado, temo-lo quase Papa. Mas o Prémio Nobel da Paz ontem atribuído ao presidente Obama não é um Prémio Nobel da Paz atribuído a Obama. É, em primeiro lugar, um Prémio Nobel da Guerra retroactivamente atribuído a George Bush. Depois de um presidente americano na plenitude da beligerância, um presidente que dispara diálogo a todos os azimutes merece ser premiado. Assim foi, e assim seja. É, em segundo lugar, um prémio que a esquerda europeia dá a si própria pelos sonhos que nutre para a América (de ser mais solidária, menos competitiva, mais de esquerda, menos pujante, mais como ela). É, em terceiro lugar, um filho de amor do politicamente correcto, naquela linha de que se premiarmos o que nos parecem boas intenções elas hão-de concretizar-se. E Obama, propriamente? Honra a inteligência de
Obama que, com a competência costumada, tenha ensaiado perplexidade quando diz que soube da notícia. Honra a sua vaidade incomensurável que pretenda receber o prémio em pessoa. Ficam, é claro, de caminho legitimadas a guerra no Afeganistão, as pressões sobre a Coreia do Norte, e as advertências sobre os caminhos «intoleráveis» que o Irão insiste em percorrer. Mas embora se trate de uma guerra e do que bem pode acabar noutra, é tudo a bem da Paz.José Mendonça da Cruz, Corta-FitasComo era de esperar,multiplicam-se as críticas à atribuição do Nobel da Paz a Obama. Muito provavelmente, alguma rapaziada preferia que o Nobel fosse atribuído a esse grande amante da paz que por mera distracção invadiu o Iraque e pôs o mundo inteiro a ferro e fogo . Para quem não saiba, dá pelo nome de George W. Bush. Já aqui afirmei que considero precoce a atribuição do Nobel a Obama, mas não me repugna a escolha. Até porque a atribuição do Nobel é mais ou menos como as estrelas do Michelin.Carlos Barbosa de Oliveira, Delito de OpiniãoO que têm em comum Amália Rodrigues e Josemaría Escrivá? Á partida nada, mas.. quis o destino que o dia 6 de Outubro fosse comum aos dois. Nesse dia de 1999 falecia em Lisboa, Amália Rodrigues, a grande fadista, admirada e seguida por portugueses e amantes do fado dispersos por todo o mundo, durante muitos anos e até aos dias de hoje. Nessa mesma data, mas em 2002 era canonizado na Praça de S. Pedro em Roma o sacerdote espanhol São Josemaría Escrivá, fundador da Opus Dei (…)Carlos Esperança, Diário AteístaOs novos supositórios da Al-Qaeda curam a Gripe A. Garantido!João Moreira de Sá, Arcebispo de Cantuária
1 comentário:
Obrigado pela deferência. Abraço
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