segunda-feira, 3 de março de 2008

Quanto vale uma vida?


No Country for Old Men (2007)
****1/2
Realização: Ethan & Joel Coen
Com: Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Josh Brolin, Woody Harrelson, Kelly McDonald
Duração: 122 minutos
Rating MPAA: R (violência gráfica e linguagem obscena)

Eis o filme que os irmãos Coen queriam fazer há muito tempo. Se gostou de Fargo vai adorar No Country for Old Men. Só quem em vez do gelo do Dakota do Norte, a acção decorre debaixo do forte calor texano.

Llewelyn Moss (Brolin) é um soldador aposentado e veterano da guerra do Vietname que vive tranquilamente no seu trailer com a sua mulher Carla Jean (McDonald), até ao dia que, enquanto caça, encontra uma cena que aparenta ser uma transação de narcóticos que acabou em tiroteio, perto de um dos cadáveres está uma mala com 2 milhões de dólares que Moss leva com ele, e que é apenas o início dos seus problemas.

Quem persegue Moss e a mala é Anton Chigurh (Bardem), um assassino implacável a fazer lembrar o Terminator de Schwarzenegger, que parece igualmente indestrutível e imparável. Carrega uma garrafa de ar comprimido que transforma numa arma eficazmente letal, e desconhece o significado da palavra "misericórdia". Este papel valeu a Bardem o óscar para melhor actor secundário na edição dos prémios da Academia deste ano.

A acção decorre em 1980, e fala-nos muito sub-repticiamente de um país desiludido, cansado, ainda mal recuperado de uma guerra que perdeu e cujos valores - muitos deles inerentes à sua própria fundação - foram abandonados. A América deste filme não é, certamente, um "país para velhos".

Um filme cheio de violência, onde o sangue jorra, e que algumas pessoas impressionáveis podem achar melhor não ver. Se me perguntarem se este é um dos melhores filmes de sempre, posso responder que é um dos melhores dos últimos anos, sim. Pelo menos dos que têm vencido os óscares...

7 comentários:

joãoeduardoseverino disse...

Caro Leocardo
Este é um dos melhores filmes, é verdade, porque tem muito a ver com o filme da vida.
A propósito, hoje tenho uma peça no meu blogue que tem muito a ver com o filme da vida de Macau... abraço.

Anónimo disse...

Como eu já calculava, a peça a que o João Severino se refere, do seu próprio blogue, inclui um auto-elogio. E, claro, lá está o comentário da praxe a elogiá-lo. Desta vez, é um estudante que diz que o JS é fogo, etc., etc.
É engraçado como quase todas as mensagens anónimas de elogio ao JS são escrita exactamente no mesmo estilo. JS, páre de escrever mensagens "anónimas" a elogiar-se!!!

Anónimo disse...

Tá calado invejoso anónimo. O JS alguma vez precisa de se autoelogiar? És mesmo estupido.

Anónimo disse...

cum carago esse anonimo papa o blog do js só para arrasar o homem. é preciso ser filho da .... é mesmo anormal o invejoso

Leocardo disse...

Importam-se de arranjar outro lugar para brigar sff? Obrigado.

Anónimo disse...

Eu não estava a brigar com ninguém. Fiz uma constatação muito simples. E lá apareceram as habituais mensagens de defesa do JS a INSULTAR quem lhe aponta algum defeito. Curiosamente, também estas são sempre escritas no mesmo estilo, o que me leva a pensar que é a mesma pessoa que as escreve todas (o próprio JS? É provável).

Anónimo disse...

Concordo consigo, no entanto vou mais longe e dou mesmo as cinco estrelas. Argumento, fotografia, realizador tudo se combinou para proporcionar ao espectador um filme extraordinário. Inesquecível a cena em que Moss espera pelo assassino no motel. Aqueles momentos de tensão são do melhor que o cinema já viu!