O polvo tinha razão

O tal polvo, "Paul", figura emblemática pimba deste mundial, tinha razão mais uma vez. O cefalópede previu uma vitória da Espanha na meia-final contra a Alemanha, e foi o que aconteceu, contra as previsões que davam quase como certa a vitória dos alemães, que tinham esmagado a Inglaterra e a Argentina. A Espanha fez provavelmente a melhor exibição deste mundial, defendendo bem à zona, e ganhando paulatinamente o meio-campo aos alemães, que se ressentiram da ausência do avançado Thomas Muller. O único golo do encontro chegou aos 73 minutos pelo defesa Carles Puyol, que "subiu ao arranha-céus" da defesa teutónica para corresponder de cabeça a um canto de Xavi. Assim vamos ter uma final inédita, entre a Holanda e a Espanha. Os holandeses chegam pela primeira vez à final, e pela primeira vez jogam contra uma equipa que não a da casa (perderam para a Alemanha e Argentina, em 1974 e 1978), enquanto a Espanha chega pela primeira vez à final. Não tenho qualquer simpatia especial por nenhuma destas duas selecções, pelo que vou assistir à final do próximo Domingo como um mero adepto do futebol. Que ganhe o melhor, e que pelo menos seja um espectáculo que dignifique o desporto-rei.