Bate leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? É...lã de vidro. Pois é, o tão aguardado clássico de Lisboa, o Benfica-Sporting, foi adiado para terça-feira às 20:15. A culpa foi do temporal que se abateu sobre Portugal continental este fim-de-semana, e que provocou danos na estrutura de uma das coberturas do Estádio da Luz, e que ainda antes da partida começar, soltou tufos de lã de vidro do seu interior. Os responsáveis pela segurança do "derby" acharam que não estavam reunidas condições para que este se realizasse, e os clubes apressaram-se a concordar numa nova data para a sua realização. A bancada por baixo da cobertura deficitária foi evacuada em poucos minutos, e mais tarde começariam a cair placas de betão, "algumas do tamanho de 40 metros quadrados", dizem. Jogo muito aguardado, mas adiado por motivos de força maior, e quem sabe assim se evitou uma tragédia pior que cem adiamentos. Na terça logo se vê quem leva a melhor dentro das quatro linhas.
No Dragão o Porto recebia o P. Ferreira, e se os azuis-e-brancos ficavam à espera para ver quem ia perder pontos a sul para fazer as suas contas, isso deixou de ser necessário, e cumpriram a sua obrigação, que era somar os 3 pontos. O resultado de 3-0 não traduz na plenitude o que se passou dentro de campo, com um Porto a entrar muito mal, permitindo ao P. Ferreira espaço para jogar e rematar à baliza de Helton, que se viu obrigado a fazer algumas defesas complicadas. Numa delas a bola escorregou-lhe das mãos, consequência do relvado molhado e do mau tempo, mas os pacenses não acreditaram e o lance acabou por se perder. Os dragões "acordaram" já no último terço da primeira parte, e chegaram ao golo aos 43 minutos de "penalty", com Quaresma a cobrar a falta assinalada por mão do defesa costa-marfinense Seri na área dos visitantes. Na etapa complementar o Porto continuou a realizar uma exibição cinzenta, e a tranquilidade só chegaria aos 88 minutos, quando Jackson Martinez se redimiu da uma noite perdulária, e atirou finalmente a contar para o 2-0. O colombiano isola-se assim na liderança dos melhores marcadores com 14 golos, mais um que o seu compatriota Fredy Montero, do Sporting, que como já se viu, não jogou. Já nos descontos, Paulo Fonseca lançou o jovem Ricardo, contratado no início da época ao V. Guimarães, que ainda foi a tempo de fazer o 3-0, e estrear-se a marcar com a camisola dos campeões nacionais. O Porto ascende assim ao 2º lugar a um ponto do líder Benfica, e com mais um que o Sporting, e fica a aguardar por quem vai perder pontos na Luz esta terça-feira.
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