Como se não bastassem as notícias relacionadas com as violações, a imagem da India fica manchada com atrocidades de outra natureza, como esta, absolutamente inexplicável. Um homem foi agora julgado e condenado à morte por ter decapitado e bebido o sangue do próprio filho, de apenas três anos de idade. Lakshmi Kanta Sarkar foi encontrado num cemitério a engolir o sangue da cabeça do próprio filho, depois de a ter arrancado e pendurado o corpo numa árvore ali próxima. Os factos remontam há dois anos, mas a complexidade do caso só permitiu que o julgamento se realizasse agora, bem como o local onde ocorreu, na vila de Kalakuri, na remota província de Bankura. Os locais detiveram de imediato o homem, e entre gritos que o acusavam de feitiçaria, foi por um triz que a polícia o salvou de ser linchado. Em sua defesa Sarkar diz "estar a cumprir um ritual tântrico praticado entre os séculos V e IX" - é por isto que eu adoro viver entre os séculos XX e XXI. Segundo os seguidores do Tantra, o sacrifício com sangue é necessário para cumprir suas necessidades religiosas. Mais um exemplo da riquíssima diversidade cultural da India, o que se aplica ao melhor, e a pior que existe da natureza humana.
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