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Os blogues dos outros
Por estes dias, tenho visto inúmeras ideias sobre onde deverá ser colocada a última bandeira nacional hasteada em Macau. Eu tenho mais uma sugestão para fazer. A minha casa! Sempre estará melhor do que guardada numa simples gavetaEl Comandante, Hotel MacauA nação está de olhar brilhante e sorriso bem grande. Entrámos para a História – seja lá o que isso for – da União Europeia. Porquê? Porque há um Tratado Europeu, cuja imposição revelou o que de pior a Europa tem, de sua graça «Lisboa». O português médio, que em latim aportuguesado se pode chamar medíocre, não liga peva ao conteúdo do Tratado. Absolutamente nada. Não pede esclarecimentos, não pede debate, não exige participação. Nada. O que interessa é que a nossa capital, que meio Portugal nunca visitou, baptizou um Tratado Europeu. Um Tratado que, vai na volta, é gajo para durar uns dez anos. E assim vamos, atávicos, provincianos e mentalmente periféricos. Querem saber uma coisa gira? Londres e Berlim mandam na Europa. Vão lá à «História da União Europeia» procurar-lhes a mínima referência.Tiago Moreira Ramalho, Corta-FitasEstupor profundo. Acabou, desfez-se em poeira. Os blogues portugueses, bem como os jornais e as estações de televisão não se atrevem olhar. Ficaram hirtos de medo. Tanta confiança e arrogância nos esquemas, nas pirâmides, nas bolhas e na "mão invisível", tanto hino ao Homem Novo dos cartões de plástico, dos "produtos financeiros" e das "comunicações" fulminados pelo raio da morte. Com a morte do Dubai, caiu por terra a religião do dinheiro sem trabalho e sem propriedade. O que terão agora os messias da usura para vender no mercado global das ideias descartáveis?Miguel Castelo-Branco, CombustõesO pateta alegre da política à portuguesa vê o mundo pelo prisma da sua naiveté, do seu irrealismo e da falta de contacto com a vida comum. Coloca-se acima do partido, sem o qual não é nada nem ninguém, como se fossse uma figura incontornável a que se tivesse que prestar preito de vassalagem e obediência servil. Apenas porque existe e se chama Manuel Alegre. O poeta do PS está para o fado de Coimbra e o PS, como Alberto João Jardim está para a Madeira ou Pinto da Costa para o Futebol Club do Porto. Ninguém os leva a sério, fazem parte de um certo colorido nacional, da festa dos tabuleiros lá do sítio, são as estrelas do piquenicão. Visto de per si Manuel Alegre é um velhote simpático que gosta de dizer umas coisas, não só por achar-se engraçado, mas porque acha que é importante. O drama é que não entende que o mundo à volta mudou e que já é um velho; como nós seremos um dia. E não percebe o ridículo das suas atoardas e das suas ambições políticas. José Sócrates que pode ter inúmeros defeitos mas que é inteligente, faz o que se aconselha nestas circunstâncias, ignora-o de deixa-o a falar sózinho. Manuel Alegre disse, esta quinta-feira, que uma eventual nova candidatura presidencial é uma questão com ele próprio. Num jantar com apoiantes em Braga, o ex-deputado afirmou que não é refém de nada nem de ninguém.Arnaldo Gonçalves, Exílio do AndarilhoTodos os sportinguistas ou amantes do futebol que ligaram a SIC para ver o jogo entre o Sporting e uma equipa holandesa do meio da tabela, certamente que se arrependeram porque tiveram de se confrontar com os comentários de um indivíduo que a estação não identificou. Um comentador com uma dialética oleosa e surrealista. O espectador observa que o Sporting estava a jogar o mesmo ou pior futebol que o praticado no tempo de Paulo Bento. Um futebol sem profundidade, mastigado, desorganizado e sem brilho. O comentador pronuncia-se dizendo de forma oleosa, possivelmente assim a modos como o gel para o cabelo, que o Sporting "agora treinado por Carvalhar apresenta mais largura e mais comprimento"...Os holandeses conseguiram os lances mais perigosos e a terminar a primeira parte estiveram à beira de abrir o marcador, mas o comentador afirma que o Sporting está melhor e que Miguel Veloso, Adrien Silva e João Moutinho "formam agora uma mais-valia" para que o ataque seja mais profícuo. E antes, não formavam? O Sporting estava a jogar mal, sem brio, sem brilho, sem treinador que saiba alterar o momento de prática futebolística péssima, mas com um comentador que nem se apercebia que o resultado ao fim de 45 minutos era nulo. Enfim, a paciência do espectador em ouvir o tal comentador oleoso e faccioso esgota-se. Pela nossa parte, é preferível ouvir o relato pela rádio. João Severino, Pau Para Toda a ObraJogo fascinante. O Heereenveen é uma equipa muito, muito, muito fraquinha. E o Sporting jogou muito, muito, muito pior do que essa equipa muito, muito, muito fraquinha. E esta desgraça decorreu com o Sá Pinto no banco, a poucos metros, ou centímetros, dos jogadores; já para não falar no quarto de hora de balneário ao intervalo, onde ele se pode mover livremente e abrir os braços. Que é isto? Até o relvado, que eu não atravessaria com um tractor com medo de avariar a máquina, estava em melhores condições do que a rapaziada. O jogador da partida foi aquele que não jogava há 7 meses por lesão e o golo foi marcado por um defesa que tem passado o tempo no banco e se tornou um peso-morto no plantel. Que é isto? Carvalhal, vais ter de inventar umas cabeças novas naquelas cabeças ocas ou lá terás de pagar a despesa da minha aposta. Val, Aspirina BEm Portugal há cada vez mais dois países, o das empresas, dos trabalhadores, dos que procuram emprego, dos que estudam e ensinam, dos que com as suas ambições e anseios fazem-no andar, e há um outro cheio de gente que nasceu de cu para o ar, em regra procuraram profissões tranquilas, beneficiaram das vantagens de pertencerem às elites e asseguraram um lugar numa qualquer confraria. Há um país onde se enfrentam problemas, onde os gestores se contorcem para reduzir custos, procuram mercados para escoar os seus produtos assegurando emprego estável aos seus trabalhadores, onde os professores procuram optimizar os recursos dando o seu melhor, onde os funcionários públicos se esforçam por modernizar o Estado apesar dos mau tratos que lhes são infligidos por tudo quanto é gato pingado que chega ao governo. Num país há problemas e tentam resolver-se, no outro inventam-se problemas para juntar aos que já existem e dificultar a sua resolução. Nesse país da treta surgem comentadores angariados para defender interesses não declarados, há maus cidadãos que se esquecem de entregar declarações de IRS ou transformam casas de habitação em salões de yoga à margem da lei e e aproveitando-se das suas insuficiências para depois virem armar-se em paladino da cidadania e do combate à corrupção, há consultores que lançam farpas aos governantes para que estes os comprem com tachos governamentais, há jurisconsultos que se põem em bicos de pés junto às câmaras das televisões na esperança de virem a ganhar mais uns clientes para os seus longos e doutos pareceres. Enquanto num país o IRS, o IRC, o IMI e o IMT nos levam o sangue no outro ganham-se pequenas fortunas a dizerem-se baboseiras televisivas declaradas como trabalho intelectual e tributadas a 50%, fazem-se pareceres da treta que se sabem virem a terem bom acolhimento no fisco porque os famosos jurisconsultos têm o poder das televisões para destruir os que no Estado lhes façam frente. Mas, pior do que tudo, o que condiciona os debates, o que anima os assessores de Belém, o que estimula a líder do PSD, o que excita os jornalistas é o país das elites da treta, dos que há décadas que vivem à custa do país e que nos impõem uma agenda política condicionada pelos seus próprios interesses. O problema do país não é saber se a procuradora Maria José tem vista para o campo ou para o rio, se Marcelo deve ou não fazer pareceres prejudicando o negócio de Saldanha Sanches ou se o cadeira do presidente do colectivo num tribunal deve ser de couro ou de pau. O grande problema do país reside no subdesenvolvimento, na incapacidade de dar a todos os seus cidadãos a igualdade de oportunidade, de proporcionar aos jovens uma perspectiva animadora para o futuro, de proporcionar uma vida digna aos seus idosos. É verdade que alguns dos problemas que servem de tema para debate estão na origem deste problema, mas muitos dos que dizem combater males como a corrupção fazem mais parte dessa realidade do que da sua solução, vivem de um imenso esquema corrupto que permite que as nossas elites da treta vivam à grande e à francesa à custa dos mais pobres. Quando o país se entretém a mexer na sucata é pena que não se perceba que muitos dos que têm aparecido são igualmente a sucata deste país, só é que uma sucata fina, que não conseguimos reciclar e que decide uma boa parte do futuro deste país.Jumento, O JumentoNa primeira página do “Publico” de ontem, podia ler-se em grande destaque: “Facebook -Desamigar é a nova palavra”.
Nova? Porquê? Porque o New Oxford American Dictionary assim o determinou? Só podem estar a mangar comigo! Conheço a palavra desde miúdo. No meu Porto, quando perguntávamos:
“Então o Beto e a Nanda continuam amigados?“ e recebíamos como resposta “Não, desamigaram-se o mês passado”, todos sabíamos que o Beto e a Nanda tinham juntado os trapinhos mas, por qualquer volta da vida, tinham acabado por se separar. Sem casamentos ou divórcios, nem padres ou juízes. Apenas por vontade própria. Porque lhes apeteceu e ninguém tinha nada a ver com isso.
Será que no “Público” ninguém conhece o verbo “desamigar”? Carlos Barbosa de Oliveira, Delito de OpiniãoComo sou um leitor compulsivo de jornais, fartei-me de ver a comoção que ia por essas páginas impressas relativamente a um militar da GNR que outro colega assassinou. Vi a comoção dos colegas, a revolta (não percebi porque se viravam contra as chefias) e a raiva. Segundo li, o soldado da GNR que assassinou o colega que o prendeu foi casado com uma mulher que agrediu de forma brutal e selvagem ao longo do matrimónio (daquele que segundo a Igreja é indissolúvel). Depois da separação continuava a procurá-la para a maltratar, com o primarismo de um selvagem e a maldade de um biltre. A pobre mulher queixou-se à GNR e ia para o hospital com o corpo dorido e a alma em farrapos quando o patife do ex-marido exigiu que lhe abrissem a porta da ambulância e disparou dois tiros de caçadeira com que feriu a filha e matou a vítima. Preso e sem a caçadeira, dentro da esquadra, sacou de um revólver e matou o colega que o prendeu e que, por incúria, não revistou o assassino e o deixou armado. Quem não lamenta um soldado morto em serviço, um agente da autoridade que o colega matou a sangue frio? Mas como pode esquecer-se aquela pobre mulher que passou a vida a ser agredida e foi enterrada com uma curta referência, sem comoção nem multidões, com uma filha ferida, como se a vida dela valesse menos que a do soldado da GNR? Bem sei. Coube-lhe ser mulher, parir e aceitar um homem a quem prometeu obedecer, perante deus. Onde está a igualdade de género que nem a comunicação social compreende? É assim a vontade de deus e a mentalidade judeo-cristã que se mantém.Carlos Esperança, Diário AteístaLeu os jornais. As notícias deixaram-no de olhos em bico. Foi então que decidiu criar a Fundação Oriente-se.João Moreira de Sá, Arcebispo de Cantuária
1 comentário:
Obrigado pelo destaque, caro Leocardo.
Abraço a Macau.
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