terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Fim dos minaretes


Não se assutem, foi dos minaretes. Os minaretes são aquela coisinha em forma de meia lua que se encontra no topo de alguns edifícios no médio-oriente, e das mesquitas no Ocidente. A coisa até é bastante decorativa, mas aparentemente a carga simbólica dita as suas leis: aquilo é coisa dos mouros. Num país como a Suíça, conhecida pela pontualidade, os chocolates e os nazis, não se gosta de minaretes. Por isso referendou-se, mesmo sendo inconstitucional, uma vez que vai contra o direito à liberdade religiosa. E pior: o "sim" ao fim dos minaretes ganhou com relativa vantagem! Algumas instâncias políticas mundiais revelaram-se preocupados com esta atitude dos suíços, e levantam velhos fantasmas do passado que pairam sobre as regiões onde são hoje a Alemanha, a Áustria e a Suíça. Altos e loiros, um grande problema. O pior é se a moda pega, e a seguir temos aí países islâmicos a proibir os crucifixos, dando seguimento a mais uma guerra inter-religiosa para ver quem chateia o mais o pacato dos cidadãos - eu, por exemplo. Quanto aos minetes, estão bem e recomendam-se.

15 comentários:

Anónimo disse...

Em grande parte dos países islâmicos até é proibido aos seus habitantes mudar de religião, e ai de quem usar, nem que seja por razões estéticas, um crucifixo.

Era preciso que alguém começasse a mostrar aos muçulmanos que vivem na Europa que, se lá querem continuar a viver, têm de seguir as regras dos países em que vivem e não as suas próprias regras, importadas dos países onde nasceram. Talvez não fosse preciso pegar logo pelos minaretes, mas as mesmas instâncias políticas mundiais que se revelaram preocupadas, não pareceram nada preocupadas quando, por exemplo, numa escola inglesa, se deixou de contar a história dos três porquinhos e fazer qualquer referência a esse animal porque havia lá uma criança filha de muçulmanos que se queixaram de o porco fazer parte das histórias lá contadas. Então onde é que está aqui a liberdade de 99% das crianças aprenderem a história dos três porquinhos? A liberdade dessa maioria, que ainda por cima joga em casa, não conta?

Claro que os minaretes não fazem mal a ninguém, DESDE QUE não seja permitido funcionar aquele horrível altifalante que, através de ladainhas, chama os crentes para a oração. Proibir só isso, para ninguém ter de levar com essa poluição sonora não sei quantas vezes por dia, já chegava.

Leocardo disse...

Um ponto interessante, mas que mais uma vez me leva à triste conclusão de que as religiões só servem para chatear.

Cumprimentos.

Anónimo das 10:43 disse...

Ora, nisso estamos ambos de acordo.

SnatchPot disse...

Leocardo disse: "Por isso referendou-se, mesmo sendo inconstitucional, uma vez que vai contra o direito à liberdade religiosa"

Não está em causa a liberdade religiosa, porque um minarete não é uma condição obrigatória para a pratica da religião. Basicamente, é como as igrejas modernas, sem sinos.

Anónimo disse...

Concordo com o anonimo de 10:43, os muculmanos querem sempre impor a sua religiao. Acho bem dito "se querem continuar a viver noutro pais, tem de seguir as regras dos paises em vivem e nao as sua proprias regras" ou entao volta ao seu pais.

Anónimo disse...

Caro Leocardo:
Se fosse em Portugal, ate ia o Louca inaugurar o minarete.

E embora um pouco atrasado, aproveito para lhe enviar os parabens pelo aniversario do seu blogue.
Nem sempre concordo com o que escreve, mas de uma maneira geral acho os seus posts interessantes e oportunos.
Tambem acho a moderacao dos comentarios satisfatoria,parece-me que apenas corta quando e mesmo necessario.
Mais uma vez parabens, e continue!

Guimaraes disse...

Não será mais inteligente a solução de Macau, onde podem coexistir uma igreja cristã com a sua torre sineira, uma sinagoga, um templo islâmico com o seu lindo minarete e um templo budista com os seus aprazúveis jardins?
Macau é, nesta matéria,um exemplo a seguir!

Anónimo disse...

É só repetirem o referendo até acertarem

Anónimo disse...

Boa, anónimo das 18:34! Mas isso é mais nos países da União Europeia. A Suíça é um país independente que segue as suas próprias regras.

O Guimarães também tem razão. Pena que Macau não seja um exemplo a seguir em matérias bem mais importantes. Seria bem mais justo dar o direito de residência a quem vive e trabalha aqui há dez anos do que deixá-los construir minaretes ou torres de igreja.

Anónimo disse...

Eu cá também não aprecio minaretes, é mais minetes.

Anónimo disse...

Parabéns ao Leocardo, pela nomeação como juíz do tribunal constitucional da confederação helvética.

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar as diferenças ou crenças religiosas de terceiros. Poderá ter origem nas próprias crenças religiosas de alguém ou ser motivada pela intolerância contra as crenças e práticas religiosas de outrem. A intolerância religiosa pode resultar em perseguição religiosa e ambas têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por tal situação numa época ou noutra.

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"Uma cruzada contra o islamismo"

O sociólogo suíço Jean Ziegler advertiu do surgimento de uma "atmosfera de pogrom" no país. Para ele, o plebiscito sobre a proibição de minaretes é, na verdade, um referendo sobre o islamismo.

"Muitos muçulmanos temem atentados, violência e estigmatização", explica o ex-deputado social-democrata. "Inicialmente só havia um pequeno grupo dentro do Partido Popular Suíço, beirando ao fascismo, que exigia que se proibisse a construção de minaretes." E esse grupo acabou iniciando uma campanha gigantesca.

Para Ziegler, o SVP vive do medo das pessoas. Eles sempre precisam da imagem de novos inimigos. "Agora o partido iniciou uma cruzada contra o islamismo; e os muçulmanos são os novos bodes expiatórios." O sociólogo prevê que o plebiscito seja só o começo dessa "cruzada" contra o islã e teme que ela ainda possa se acirrar. Além disso, Ziegler adverte que isso poderá transformar os suíços nos "novos inimigos" no mundo islâmico.

Em tempos passados foram os Cristãos, os Cruzados, que combatiam em nome de Deus, O Papa Paulo II veio a público pedir desculpas por isso, agora é a vez dos Suiços entrarem de novo na Cruzada, porém esta contra os Miranetes, mas não miram nada e talvez os seus relógios fiquem com os ponteiros parados.
Guerras sempre as houve, as religiões só criam mal estar e guerras, uns lutam em nome de Deus e outros matam em nome de Alá!...

Anónimo disse...

Eu também é mais miranetes.

Leocardo disse...

Anónimo das 3:47 - obrigado.

Anónimo disse...

Anónimo das 3:47? Onde é que ele está, que não o vejo?