Aquele indivíduo que se diz "Rei de Portugal" e uma vez participou no "1,2,3" apresentado pela Teresa Guilherme, falou dos 10 anos da transferência de soberania de Macau para a R.P. China. Segundo D. Duarte Pio, duque de Bragaça (não sabia que Bragança agora era um "ducado"), Portugal "nunca devia ter entregue o território para a China". Ora aqui está uma coisa que não ouvimos todos os dias. Portugal teve a opção de entregar pacificamente o território, mantendo o
status quo e abrindo um relação de amizade com a China, e fê-lo muito bem. A outra opção era que nos chutassem daqui para fora e os "portugueses de Macau" fossem considerados uma etnia "problemática", do tipo Xinjiang. Sua Majestade diz que "as democracias de maior sucesso na Europa são monarquias". Discutível, mas falemos antes de algumas monarquias de África e da Ásia que são uma autêntica desgraça. Já para não falar daquela espécie de monarquia que vigora na Coreia do Norte. O essencial aqui é: ninguém tem o direito de governar pelo simples facto de ter nascido. Alguém dê um binóculo e uma caravela ao sr. rei, que os tempos ainda são "das Descobertas".
10 comentários:
No entanto, Portugal foi grande em monarquia. E hoje, com a sua partidocracia, é tão pequenininho...
Está a tentar enganar quem? A República Popular da Coreia do Norte é uma espécie de monarquia porquê? Por não ser uma democracia? Não sei se é ignorância ou má-fé, mas suponho que seja a segunda, já que deve saber muito bem que a Coreia do Norte é uma República. E "falemos antes de algumas monarquias de África e da Ásia" (sic) também porquê? Porque lhe interessa, não é? Porque é que também não fala de repúblicas das bananas desses mesmos continentes? Aliás, sem querer, até falou, na da Coreia do Norte. Contextualize as coisas, compare a República Portuguesa (que fica na Europa) com monarquias europeias e depois diga-me se a República Portuguesa é mais democrática do que estas.
A Republica Portuguesa não é mais nem menos democrática que as monarquias europeias.
Assim como estas monarquias não são mais nem menos democráticas que as repúblicas francesa, alemã, irlandesa, italiana ou suiça.
Mas em Portugal e nestas repúblicas que eu referi, ao menos o Chefe de Estado é eleito e não é uma jarra irrelevante como é nestas monarquias europeias.
Ora aí está algo que faz estas repúblicas se calhar mais democráticas...
Mas Portugal foi uma monarquia, lembra-se? E na última fase dessa monarquia era não só pouco democrática, como ainda o país era povoado de analfabetos e infestado de trabalho infantil. Acho que a República teve os seus sobressaltos, mas nunca duvidei da eficácia do regime republicano em vez do outro que para suceder, bastava nascer. E falo de monarquias que são uma desgraça sim: Irão (foi e como república também não anda muito bem), Tailândia (é, onde o crime de lesa-majestade diz tudo), Arábia Saudita (nem se fala). Quanto à Europa, por um lado temos as limpinhas Dinamarca, Suécia, Países Baixos e Reino Unido. Mas por outro lado temos a Alemanha, França, Itália e Suíça, que passam muito bem sem as monarquias que lá tinha. Seja você objectivo, e perceba que não interessa se um país é uma monarquia ou uma república, desde que funcione bem. Eu não quero é cá reis no meu país. A propósito, se o senhor é "monárquico" ou admirador dos contos de reis, vota no PPM? Duvido muito.
Cumprimentos.
Essa da Itália deve ser para rir, não? O único país europeu que, a par da Grécia, consegue ser mais corrupto do que Portugal, funciona bem? A mim o que me choca é que os partidocratas e respectiva família que chegam a presidentes consigam gastar mais dinheiro de quem trabalha do que a maioria das famílias reais. Como se já não bastasse o dinheiro esbanjado em eleições presidenciais de 5 em 5 anos, para eleger alguém que não é menos decorativo do que qualquer rei e que, ainda por cima, representa apenas os portugueses do seu partido. Prefiro um rei porque, pelo menos, é apartidário como eu. Isso para mim já seria motivo mais que suficiente.
Dizia uma norma regulamento do conde de Lippe para o exército português,ainda vigente nos princípios do século passado: "É conveniente que o primeiro-sargento saiba ler, pois pode dar-se o caso de o capitão ser nobre e não saber". Está feiro o retrato da monarquia, seguido actualmento polos "jobs for the boys".
Quanto à devolução de Macau à China, é de boa prática que o rendeiro devolva a quinta ao proprietário no fim do contrato, e a situação nunca foi outra.
O homem nasceu, e vive, na ilusão de que é/vai ser Rei.
Qual é a surpresa de achar que Macau podia ser eternamente português?
http://devaneiosaoriente.blogspot.com/2009/12/its-good-to-be-king.html
Pois é, sr. Guimarães, disse bem: há um século. Mas, hoje, bem pode olhar (para não sair da Península Ibérica) para o rei espanhol e o presidente português, e verá que não lhe é muito difícil constatar quem é o mais culto. E estou a falar do presidente, que tem um cargo comparável ao de um rei. E tem um curso superior a sério e parece-me ter sido respeitado na sua profissão (pena que a tenha abandonado para se dedicar à partidocracia, porque só assim se pode chegar a presidente). Se descesse até ao primeiro-ministro é que a coisa ia em queda vertiginosa: diploma domingueiro de universidade duvidosa e assinatura em projectos de belas "maisons" que nunca projectou. Para já não falar na Face ainda mais Oculta. Mas há uma máquina partidária por trás para branquear tudo isso. Justificava-se era um decreto que actualizasse o que aqui mostra: "É conveniente que os ministros e secretários de estado, bem como os membros do conselho de estado, saibam interpretar textos, porque pode-se dar o caso de o primeiro-ministro ou o presidente não o saberem".
Eu quiz exactamente mostrar a característica monárquica de alguém nascer já com um posto - capitão, conde, rei - independentemente da competência para o exercer e fazer paralelo com as actuais nomeações por cartão partidário, com competências semelhantes.
Não falem em interpretação de textos, que os senhores magistrados podem julgar que estamos a gozar com eles....
"...seguido actualmente pelos jobs for the boys". Tem razão, fez o paralelo. Passou-me despercebido, pelo que me penitencio.
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